A lesão, causada pelo excesso de exposição ao sol, é mais comum em idosos de pele clara
A ceratose actínica é um tipo de lesão benigna que aparece em pessoas idosas de pele mais clara. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as ceratoses se desenvolvem nas áreas da pele que estão expostas ao sol. Isso porque são induzidas pela radiação ultravioleta (UV) e constituem marcadores de exposição solar crônica.
É considerada uma lesão pré-cancerígena e fica em 4º lugar nos diagnósticos dermatológicos mais comuns no Brasil, conforme a SBD. Ainda assim, complementa: “embora seja uma lesão pré-cancerígena, apenas 10% das delas evoluem para o carcinoma espinocelular.”.
Saiba mais sobre este problema de pele, incluindo seus sintomas, diagnóstico e como é feito o tratamento, que pode incluir o uso de medicamentos com fórmulas inteligentes.
Sintomas da ceratose actínica
Os principais sintomas da ceratose actínica envolvem o aparecimento de lesões na pele, com as seguintes características:
- Tamanho irregular;
- Mais palpáveis que visíveis;
- Áspera e ressecada;
- Coloração avermelhada.
Além disso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia também destaca os locais onde as lesões mais aparecem: rosto, orelhas, lábios, dorso das mãos, antebraços, ombros, colo, couro cabeludo de pessoas calvas ou em outras áreas do corpo que recebem diretamente a luz do sol.
É importante ficar atento(a) a qualquer mancha diferenciada na pele, pois, em caso de sangramento, há indício de que a lesão esteja se tornando maligna.
Como é feito o diagnóstico
Quando existe suspeita de uma lesão incomum, o diagnóstico é feito em uma visita ao dermatologista. O profissional irá examinar a pele e observar as características comuns da ceratose actínica. Em alguns casos, pode solicitar também a biópsia da lesão, antes mesmo de iniciar o tratamento.
Como é feito o tratamento
A Sociedade Brasileira de Dermatologia afirma que todos os casos de ceratose actínica devem ser tratados. Podem ser recomendados o uso de medicamentos tópicos ou alguns procedimentos cirúrgicos simples.
Tratamentos tópicos
Dentre os medicamentos mais comuns, usados para tratar as lesões na pele, estão 5-Fluoracil, Imiquimod em creme, Ingenol-mebutato em gel e Diclofenaco com ácido hialurônico em gel.
Cada um age de maneira diferente, sendo que os três primeiros podem causar incômodos, como vermelhidão e ulcerações, antes da cicatrização. Para pessoas com pele mais sensível é recomendado o Diclofenaco com ácido hialurônico em gel.
A SBD ressalta que o Diclofenaco com ácido hialurônico em gel ainda não conta com apresentação comercial no Brasil.
Outros tratamentos
Além dos medicamentos de uso tópico, o dermatologista pode dar preferência por procedimentos cirúrgicos ou químicos. Os mais comuns são:
Terapia fotodinâmica
Após a aplicação de um creme nas lesões, a ativação do tratamento é feita com luz de LED colorida ou do sol. A SBD afirma que a terapia fotodinâmica pode ser útil para tratar lesões múltiplas e geralmente é utilizada em áreas mais extensas da pele.
Peeling Químico
Envolve o uso de um ácido, aplicado sobre as ceratoses actínicas no consultório do dermatologista. O objetivo é desprender as camadas superiores da pele, nas quais se encontram a lesão, e permitir a regeneração natural.
Laser
O laser é indicado para tratamento de áreas pequenas e restritas com o objetivo de cauterizar a lesão. Usa anestesia local e evita o sangramento. Também pode ser recomendado para o rosto e couro cabeludo.
Criocirurgia
Tratamento que consiste em congelar as ceratoses actínicas. Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento consiste em aplicar nitrogênio líquido para congelar as lesões. O método não exige aplicação de anestesia e possibilita boa tolerância. Após a aplicação, as lesões se tornam crostas e caem após alguns dias.
Formas de prevenção
A prevenção consiste no uso do protetor solar, principalmente nos casos de pessoas com pele mais clara, desde muito jovens. Além disso, é indicado evitar tomar sol nos horários mais perigosos, entre 10h e 15h.
A SBD sugere observar a própria pele todos os dias e visitar o dermatologista ao menos uma vez ao ano. Se trata de uma forma preventiva, em especial se o paciente tiver pele mais clara, apresentar histórico de exposição solar ou, ainda, história pessoal ou familiar de câncer de pele.