23 de abril de 2024

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Previdência complementar: tire suas dúvidas

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A previdência privada é uma opção interessante para os profissionais e conhecer sobre ela é essencial para bons investimentos

A previdência complementar tem se tornado cada vez mais comum na vida dos brasileiros, mas ela ainda é motivo de dúvidas para muitas pessoas e, esclarecer sobre essa modalidade é essencial para que as melhores escolhas sejam feitas para que o seu dinheiro trabalhe para você.

O investimento na previdência complementar pode dar mais tranquilidade para os futuros aposentados e garantir mais qualidade de vida financeira. Você sabe como funciona esse tipo de previdência? Reunimos informações importantes para você tirar suas dúvidas, confira!

O que é a previdência complementar?

A previdência complementar, ou previdência privada, é um investimento financeiro contratado com o objetivo de gerar renda e ser um complemento ao benefício do INSS.

Diferente do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), em que as contribuições são obrigatórias para os trabalhadores, o Regime de Previdência Complementar (RPC) proporciona proteção previdenciária adicional ao trabalhador. Ela pode ser adquirida por qualquer cidadão, mas não é obrigatória.

A previdência complementar envolve exclusivamente o titular e a instituição contratada, que pode ser um banco ou empresa especializada em seguros e previdência.

É importante deixar claro que esse investimento é um complemento e não elimina o recebimento do INSS, caso você seja um trabalhador CLT e faça contribuições obrigatórias.

É preciso lembrar que o INSS é o órgão que é responsável pelo salário maternidade, auxílio-doença, auxílio acidente, auxílio reclusão, pensão por morte, salário família e benefícios ao longo da vida de trabalho e não apenas a aposentadoria está sob sua responsabilidade, por isso, um não anula o outro, certo?

Existem diferentes tipos de previdência complementar?

Os planos de previdência complementar são divididos em duas categorias, os abertos e fechados.

Planos Fechados

Os planos fechados são mantidos por entidades de instituições privadas de previdência complementar. Portanto, ele só pode ser aderido caso você faça parte de algum grupo previamente selecionado por essas entidades.

Esse tipo de plano é muito comum para servidores de bancos, grandes empresas e instituições que contam com fundo de pensão exclusivo.

Planos Abertos

Os planos abertos são disponibilizados por bancos e instituições particulares. Eles podem ser aderidos por correntistas ou não de determinada organização. Dentro dessa categoria existem os planos VGBL e o PGBL.

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, são planos indicados para aqueles que não possuem renda muito alta, que declaram o Imposto de Renda no modelo simplificado e para quem deseja aplicar mais do que 12% da renda anual na previdência.

Nesse investimento, os rendimentos só são percebidos no momento do resgate e o imposto incide apenas sobre os rendimentos da aplicação e não sobre a quantia total.

Já o PGBL, Plano Gerador de Benefício Livre, é indicado para quem faz declaração completa do Imposto de Renda, com muitas deduções, afinal, ele é dedutível no Imposto. É preciso ter atenção, por outro lado, que ele exige que o limite da contribuição de renda mensal seja de até 12%.

Nesse plano, o imposto incide sobre o valor final a ser resgatado, independentemente do valor e do tempo em que ele será retirado, ou seja, o imposto se dá pelo montante total e não apenas pelos rendimentos.

Como funciona o resgate do acumulado?

Os planos de previdência privada permitem algumas opções referente ao resgate, como:

  • Resgate total: nesse plano é feita a retirada do valor total acumulado durante o período de investimento.
  • Renda mensal temporária: o benefício é pago mensalmente ao investidor até data determinada em contrato.
  • Renda mensal vitalícia: nesse plano são feitos pagamentos mensais até o falecimento do investidor.
  • Renda mensal vitalício transferível: os pagamentos nesse plano são feitos ao investidor até a sua morte. Após isso, o beneficiário determinado em contrato passa a receber esse pagamento, como filhos ou esposa.

Quando uma pessoa contrata um plano de previdência é importante se atentar ao contrato que especifica todos os pontos sobre prazos para que seja possível resgatar o valor aplicado.

Como são as taxas?

Seja para o plano PGBL ou VGBL e de acordo com os tipos de resgates escolhidos pelo investidor, existem tabelas de valores e taxas fixas para todos eles.

Sobre as tabelas, existem a tabela regressiva ou progressiva. Na regressiva, o imposto varia de acordo com o prazo de investimento, portanto, quanto mais durar o plano, menor será o percentual a ser pago. É uma opção indicada para quem pretende investir a longo prazo.

Já a tabela progressiva funciona de acordo com o valor pago mensalmente, ou seja, a alíquota de imposto varia com a quantia recebida no mês. Essa pode ser uma opção interessante para quem pretende resgatar os benefícios em parcelas.

Sobre as taxas cobradas pelos fundos existem três: a taxa de administração, a taxa de carregamento e a taxa de saída. A taxa de administração incide sobre a rentabilidade total da aplicação e, em geral, varia entre 1,5% e 3%.

A taxa de carregamento é descontada de cada aplicação para cobrir os custos da empresa que administra. Por fim, a taxa de saída é um percentual sobre o valor sacado antes do prazo determinado.

Conhecer sobre a previdência complementar é essencial para fazer um bom planejamento financeiro para ter um futuro mais tranquilo. Agora que você sabe um pouco mais sobre ela funciona, reflita sobre seu planejamento e entenda como esse investimento pode se encaixar em seu orçamento.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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