Um pedaço de papel com quatro números escritos com caneta esferográfica azul foi a senha utilizada para uma quadrilha roubar R$ 6,7 milhões de uma empresa transportadora de valores. A simplicidade do artifício funcionou porque o segurança responsável por liberar a abertura do portão de acesso também fazia parte do bando. O crime aconteceu dia 22 de abril em São Mateus, na Zona Leste. O trabalho permitiu as prisões de três envolvidos, entre os quais o homem responsável por proteger os invasores utilizando um fuzil antiaéreo.
A participação do segurança W.L.C., de 32 anos, foi descoberta pela equipe da 5ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Roubo a Banco) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) nos primeiros momentos de suas explicações. Os procedimentos adotados por ele deixaram claro para os policiais especializados a facilitação para a realização do ataque.
O segurança realizou com precisão todos os passos para o sucesso da invasão, passando detalhes de procedimentos operacionais. Como destaques, o uso de uma viatura clonada para não atrair a atenção na entrada da transportadora, utilização de imitações de uniformes e a simulação da apresentação da senha. Tudo para justifica a abertura do portão. A percepção dessa estratégia pelos policiais permitiu obter a prisão do funcionário.
O trabalho dos policiais a partir dessa constatação levou ao avanço das investigações até identificar e prender A.B.R., o Ranzinza, de 33 anos. A detenção aconteceu no dia 30 de abril em Itanhaém, no Litoral. A equipe da 5ª Patrimônio apreendeu R$ 20 mil e um veículo Chevrolet Astra.
No dia seguinte, 1º de Maio, os investigadores detiveram O.J.S., o Negão, de 35 anos. A prisão aconteceu em Suzano, na Grande São Paulo. Ele aparece como linha de frente durante a invasão. É responsável por destruir o mecanismo de movimentação do portão, render seguranças e ainda abrir fogo contra outros vigilantes utilizando fuzil .50mm antiaéreo. Os policiais apreenderam R$ 47 mil e um Fiat Uno.
Fonte: SSP