19 de abril de 2024

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Compreendendo o SUS: saiba o que significam as siglas UBS, USF e UBA

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Criado em 1988, o SUS é referência internacional em áreas como infectologia e vacinação

 

A atual pandemia provocada pelo novo coronavírus evidenciou a necessidade de garantir sistemas públicos de saúde capazes de assegurar o acesso à saúde para toda a população. Conceber o atendimento de saúde como um direito universal e garanti-lo de maneira gratuita a toda a população é o principal objetivo do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal, formulada, naquele momento, durante o período de redemocratização do país. Seu início ocorreu nas décadas de 1970 e 1980, quando diferentes grupos se engajaram no movimento sanitário a fim de elaborar um sistema público para sanar os problemas vistos nos atendimentos da população e garantir o direito universal à saúde.

 

Em 1990, o Congresso Nacional brasileiro aprovou a Lei Orgânica da Saúde, que detalha o funcionamento do sistema e os preceitos que o constituem até hoje. O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, sendo o único a garantir assistência integral e completamente gratuita. Além disso, ele é referência internacional em áreas como transplantes e vacinação.

Atenção Básica

A Atenção Básica é a porta de entrada dos cidadãos nos serviços públicos de saúde. Ela é dividida em três frentes: as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Saúde da Família (USF).

 

As UPAs funcionam durante 24 horas. Nelas, o usuário é avaliado segundo a classificação de risco do problema que apresenta, sendo liberado, ficando em observação ou sendo encaminhado ao hospital.

 

Essas unidades reorganizam a urgência e a emergência dos hospitais do SUS, atendendo até casos de média complexidade, como problemas cardíacos ou vítimas de acidentes. Nessas unidades, também são atendidos casos de acidentes por animais peçonhentos, coma, choque elétrico, desmaio, derrame, convulsão, hemorragia, intoxicação, sangramentos, febre, fraturas e crise asmática.

Atendimento nos territórios

As UBS, identificadas como postos de saúde entre a população, são os locais onde cada indivíduo ter acesso a atendimentos gratuitos essenciais em todas as faixas da vida (criança, adulto e idoso), além de odontologia. As UBS também oferecem serviços na área de saúde da mulher, permitem a retirada de medicamentos e realizam requisições de exames por equipes multiprofissionais.

 

As UBS podem contar com médicos especializados ou clínicos gerais, que marcam testes mais específicos com outros profissionais da rede pública ou em instituições filiadas à prefeitura por meio de proposta.

 

Já as USF são voltadas para atendimentos primários e acompanhamentos mais prolongados de pessoas com problemas crônicos, como hipertensão e diabetes. O foco é a presença junto a grupos de moradores de um determinado território, a partir da ação de assistentes sociais e agentes comunitários. Tanto as USF, quanto as UBS, atuam diretamente nos bairros onde os pacientes vivem.

Classificações de risco

O sistema de classificação de risco dos problemas que chegam às unidades de atendimento de saúde assegura o socorro mais emergencial para os quadros considerados mais graves.

 

Assim, mesmo que uma pessoa chegue primeiro na fila do posto de saúde, a sua prioridade de atendimento variará segundo o risco do seu problema, em comparação aos outros pacientes ali presentes.

 

Os problemas considerados emergentes devem receber atendimento imediato, pois oferecem risco iminente de morte. Exemplos desses casos são paradas cardiorrespiratórias, falta de ar intensa, derrame, coma, fraturas e trauma craniano.

 

Os problemas considerados urgentes devem ser atendidos em até 30 minutos, período em que o paciente precisa ser avaliado. Trata-se de quadros de dor intensa de início imediato ou torácica intensa, confusão mental, desmaios, dor, crise asmática, febre, intoxicação, sangramento, entorse e acidentes por animais peçonhentos.

 

Existem, ainda, os problemas pouco urgentes, cujo atendimento deve ocorrer em até quatro horas e o paciente deve esperar socorro ambulatorial, respeitando grupos prioritários (idosos, gestantes e pessoas com sinais clínicos de alarme). São os casos de dor de cabeça intensa, vômito, diarreias, alteração de consciência e desidratação. Nessas situações, recomenda-se buscar primeiro as UBS e as USF.

Por fim, os casos considerados não urgentes podem aguardar até seis horas para receberem atendimento. Eles abarcam sintomas iniciados há mais de uma semana, como lesões na pele, dores leves, exames de rotina e acompanhamento de doenças crônicas.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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