Estilo de vida oriundo da filosofia oriental Zen Budistabusca equilíbrio do organismo, através de alimentos energizados com Yin e Yang
Muito associada ao movimento hippie dos anos 60, a dieta macrobiótica resistiu à prova do tempo e se mostrou um movimento crescente em direção à vida saudável. Guiada pela máxima de “fazer do alimento seu remédio”, é uma alimentação que prioriza o equilíbrio das energias dos alimentos, conseguida basicamente através do consumo balanceado de alimentos orgânicos, sementes e leguminosas.
O desejado equilíbrio parte da premissa do Yin Yang, o princípio mesmo da complementaridade de duas energias que são opostas, de acordo com as filosofias orientais. Afinal, foi no Japão que a ideia da macrobiótica nasceu, também na década de 60, através de um movimento criado por George Ohsawa. Certos alimentos possuem energia Yin, enquanto outros, Yang, e é desejável alcançar a harmonia entre eles.
Seu pilar alimentício abarca essencialmente tudo que for de origem vegetal, embora não seja uma dieta vegetariana: ovos, peixes e leite ainda podem fazer parte do cardápio, mas sua participação é bastante reduzida. Porém sua essência mesmo está calcada no consumo de cereais integrais, principalmente arroz integral.
Neste caso, cereais integrais devem compor entre 50 e 60% do que é consumido no dia. Por cereais integrais entende-se arroz, milho, aveia, cevada e trigo, por exemplo. Outros 25 a 35% devem ser vegetais como brócolis, abóbora, cenoura, cogumelos e hortaliças, preferencialmente crus ou pouco cozidos. O restante deve ser composto por leguminosas como feijões, lentilhas, grão-de-bico e derivados, como o tofu, feito da soja. Sopas também são muito consumidas.
Frutas também são estimuladas, desde que sejam da estação e regionais. A se evitar estão principalmente alimentos estimulantes como chá preto, café e açúcar. Outro grupo antagônico à dieta é o de alimentos processados e também os refinados. Carnes de todo tipo, ovos e produtos do leite devem ser abandonados com o passar do tempo, até não serem mais consumidos.
A dieta, porém, é carregada de polêmicas. Isso se dá principalmente pelo estágio último da dieta macrobiótica. Nele, o adepto deve se alimentar somente de arroz integral. Diversos especialistas condenam essa prática por entenderem ser perigosa para o organismo, justamente pela falta de nutrientes que ela pode causar, podendo levar até mesmo à morte.
Porém gurus da macrobiótica, como o brasileiro Tomio Kikuchi, dizem que esse estágio é apenas uma meta, sendo que o importante é o caminho de autoconhecimento e equilíbrio.
A dieta faz parte de todo um estilo de vida, e toda sua busca é pautada principalmente na finalidade de um corpo saudável e equilibrado. Não é, portanto, uma dieta que deve ser seguida buscando apenas emagrecimento. No mais, é importante consultar sempre um nutricionista. Exames também devem ser feitos para minimizar riscos, principalmente no que diz respeito à falta de vitaminas importantes, como a B12.
Comer é um dos grandes prazeres da vida e deve ser feito com consciência e sem exageros. A dieta macrobiótica traz inúmeras boas práticas para quem busca, como maior consciência na mastigação e enaltecimento do caráter sagrado do preparo e do consumo do alimento e da ligação com a natureza. Porém deve-se sempre estar atento às necessidades nutricionais do próprio organismo. E, para garantir que nada faltará à mesa, o melhor é ter o vale-refeição sempre à mão, para garantir uma refeição nutritiva e saborosa.
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