Número de crianças e adolescentes obrigados a trabalhar passou de 246 milhões para 168 milhões. Ainda assim, progresso é lento, alerta organização
O número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos obrigados a trabalhar caiu um terço de 2000 a 2013, passando de 246 milhões para 168 milhões em todo o mundo, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A estimativa da organização é de que mais da metade das crianças envolvidas em algum tipo de trabalho exercem atividades consideradas perigosas.
Tais atividades têm efeitos nocivos à segurança física, mental ou moral das crianças ou adolescentes empregadas, segundo a OIT. O trabalho doméstico, por exemplo, é considerado uma das piores formas de exploração da mão de obra infantil, segundo o relatório, divulgado pela Agência Brasil. De acordo com a OIT, aproximadamente 15 milhões de crianças estão envolvidas nesse tipo de atividade – só no Brasil, são quase 260 000.
Para o diretor-geral da OIT, embora apresentem queda, os dados indicam que os progressos em relação a redução da exploração do trabalho infantil ainda são muito lentos. “Se realmente queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil no futuro próximo, é necessário intensificar os esforços em todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo”, afirmou Guy Ryder, segundo a Agência Brasil.
Ryder compartilha da opinião expressada pela agência da ONU para o trabalho infantil. Segundo relatório das Nações Unidas, o progresso feito até aqui não será suficiente para que o mundo alcance a meta de eliminar o trabalho infantil até 2016.
Segundo a OIT, o avanço no combate ao trabalho infantil foi conseguido por meio da intensificação de políticas públicas e da proteção social das crianças e dos adolescentes nos últimos anos, além da maior adesão de países a convenções da organização. De acordo com o relatório, os maiores progressos no combate à exploração do trabalho infantil foram verificados entre 2008 e 2012.
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