20 de abril de 2024

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Tomando decisões sobre a jornada de trabalho

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A pandemia modificou a relação entre empregador e empregado, expondo a importância de se buscar alternativas para garantir a transparência e a assertividade de procedimentos trabalhistas

Por Guilherme Tavares*

 

Entre as consequências provocadas pelo período de pandemia global, o setor trabalhista certamente foi um dos mais impactados pela importância de se introduzir o distanciamento social como método eficaz de frear a disseminação do novo coronavírus. Os reflexos desse triste acontecimento tornaram necessárias medidas de contenção por parte das autoridades, que flexibilizaram a relação contratual entre os componentes de uma empresa. Essa situação atípica concedeu ares de urgência para que o gestor apoie suas decisões em informações seguras, retiradas de análises de dados consolidados internamente.

 

Para atingir esse estágio de efetividade operacional, o líder deve repensar a presença de recursos tecnológicos em seu ambiente de negócio. Não basta introduzir a inovação e esperar que ela resolva todos os problemas automaticamente. A tecnologia otimiza processos, estrutura departamentos e abre espaço para que uma cultura orientada à inteligência analítica passe a fundamentar escolhas e redirecionar equipes. Inclusive, é neste cenário que o Business Intelligence se personifica em uma filosofia de trabalho favorável à tomada de decisões respaldadas por dados. Como resultado, a empresa terá todas as condições de assumir relações produtivas com os funcionários, evitando empecilhos e possíveis dores de cabeça.

 

A presença conciliadora da tecnologia

À primeira vista, é comum entender a implementação tecnológica como uma transição processual dentro das organizações. No entanto, deve-se compreender a extensão de possibilidades ligadas à inovação. Afinal, a abrangência de plataformas automatizadas não só reformula procedimentos, como transforma a cultura organizacional em sua totalidade. Não há como esperar que uma empresa alheia à transformação digital obtenha a segurança ideal para conduzir ações estratégicas, seja internamente ou voltadas para o âmbito externo.

 

Estratégias com o uso do BI são capazes de inserir um melhor aproveitamento da tecnologia na rotina empresarial. Antes de priorizarmos a tomada de decisão, é imprescindível sustentar pilares de governança favoráveis à mentalidade de que a máquina chegou para potencializar o protagonismo humano e não o retirar da linha de frente.

 

Sobre o plano de fundo proposto pelo Governo Federal

Com duração definida até 31 de dezembro de 2020, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) foi elaborado com o intuito de flexibilizar contratos de trabalho e fornecer uma espécie de complemento de renda aos cidadãos, mais especificamente nos que se enquadrarem em acordos que representem redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, além da suspensão temporária do contrato. Devido à novidade, companhias tiveram de adaptar processos às exigências legais previstas no texto publicado no Diário Oficial da União.

 

Recentemente, o governo estendeu, de dois para cinco dias, o prazo para que os empregadores informem ao Ministério da Economia qualquer tipo de modificação relacionada a acordos de suspensão de contratos e redução de salários e jornada. A finalidade é uma só: oferecer mobilidade para que sejam encaminhadas alterações realizadas entre o empregador e o empregado. Na prática, isso indica uma grande oportunidade de se aprimorar a gestão de pessoas a fim de evitar imprevistos prejudiciais para a saúde interna da empresa.

 

Qual é o peso da tomada de decisão e como ela se relaciona com os dias de hoje?

A jornada de trabalho sempre foi um elemento delicado sob a ótica do gestor. Trata-se de uma etapa que carrega uma série de variáveis e situações respaldadas legalmente que tornam incerto o campo de relacionamento entre as partes interessadas. As atualizações ocasionadas pelo contágio do vírus serviram de incentivo para que o cenário atingisse um novo patamar de complexidade. Hoje, mais do que nunca, a tomada de decisão precisa superar a intuição como fator condicional único e estender seus artifícios para a análise de dados.

 

Entre oportunidades de se flexibilizar contratos e encontrar os meios mais adequados de se conduzir a gestão de pessoas, principalmente se levarmos em conta as adversidades ainda remanescentes de uma crise sanitária generalizada, as empresas não possuem o privilégio de flertar com ações equivocadas. Por isso, a relevância de se construir um planejamento estratégico no qual a tomada de decisão é resultante de processos analíticos concebidos a fim de levantar informações confiáveis sobre as relações trabalhistas. No fim, todos os envolvidos se beneficiam do uso consciente dos insumos produzidos pela tecnologia.

 

Qual é a sua opinião sobre a tomada de decisão e a situação trabalhista atual?

 

* Guilherme Tavares é CEO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Toccato, especialista em Gestão Empresarial, com pós-graduação em Marketing e Geoprocessamento e graduação em Publicidade e Propaganda.

 

Sobre o Grupo Toccato

O Grupo Toccato é referência em Analytics e soluções para transformação digital, posicionando-se no mercado de tecnologia como Excelência em Estratégia de Dados. Fundado em 2006, é um parceiro importante de seus clientes, acompanhando-os e orientando-os em cada fase da jornada de dados, desde a coleta e tratamento até a análise, implementando com eficiência soluções de dados de ponta a ponta para tomadas de decisão mais assertivas. Detentor das empresas Toccato, AnalisaBR e Toccato Serviços Compartilhados, o Grupo foi premiado quatro vezes como Master Reseller do Ano, prêmio mundial concedido pela Qlik. Além da sede em Florianópolis, possui filiais nas principais capitais do país.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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