27 de abril de 2024

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Tarsia Gonzalez questiona: onde estão os líderes apaixonados pelo Brasil?

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Para a gestora, investir na formação das novas lideranças é a única forma de fomentar novamente o entusiasmo das gerações futuras pela qualidade, pelo crescimento econômico e pela vontade de construir algo transformador.

Filha do espanhol Tarcisio Gonzalez que, fugido da guerra, viveu um ano como clandestino em países europeus antes de partir em um navio de carga rumo ao Brasil, e da goiana Ruth de Castro, Tarsia construiu uma carreira potente no mercado, com atuação em múltiplas áreas estratégicas em gestão e pessoas.

Seguindo o empreendedorismo de seu pai, Tarsia atuou como Presidente do Conselho por 7 anos e trabalhou arduamente para que o legado de seu pai fosse perpetuado. Não apenas se tornou uma especialista em qualidade e gestão, como uma orientadora de pessoas, formada em psicologia e especializada em Alta Performance em Liderança pela Fundação Dom Cabral e ESADE Business.

Hoje, ela viaja o Brasil dialogando com as novas lideranças, um movimento que começou há alguns anos e teve ênfase com o lançamento do seu primeiro livro: Apaixonados pelo Brasil, onde estão? No livro, a gestora faz uma análise dos últimos anos do país e conclui: “infelizmente, estamos sendo liderados por herdeiros indolentes, que não são comprometidos e nem têm como objetivo construir um legado”. Para ela, o livro é um chamado para que os líderes de verdade, comprometidos com o futuro, saiam do anonimato.

Sobre o momento que estamos vivendo agora, Tarsia é enfática: “aos líderes de hoje, falta o senso de honra, a vontade de melhorar o ambiente corporativo e político, o olhar apurado para as pessoas e a seriedade necessária a quem lida diretamente com o coletivo”. Ela enfatiza: “estamos nos perdendo de nós mesmos, e perdendo, com isso, a identidade de uma nação”.

Tarsia foi mentorada por Augusto Cury, que prefacia seu livro, e lembra: “Com Cury aprendi que gerenciar as próprias emoções nos faz vencedores, autores da nossa história, capitães do nosso barco. Quando empreendemos uma história autoral, deixamos de seguir falsos ídolos e tomar decisões escusas que envenenam nossas vidas”. Para ela, a solução está em construir: “precisamos entender que estamos formando uma nova geração”.

Com suas palestras, Tarsia faz exatamente esse movimento: chama as novas lideranças a um papel de protagonistas, que precisam estar atentos aos novos tempos e, principalmente, não perder o leme de seus valores: “nada está definido, sempre é tempo de refazermos escolhas, construirmos um novo caminho e retomarmos o protagonismo”.

De 2018 para cá, a esperança perdeu um pouco das suas cores: “eu acredito que regredimos, se pensarmos no quanto o momento atual está imediatista e até, eu diria, eufórico. Parece que os brasileiros esqueceram que viver um eterno carnaval não é possível e que as empresas, que são o coração econômico do país, precisam se subsídios e estrutura para crescerem”.

E qual seria a solução? A gestora tem a resposta na ponta da língua: “ou prestamos mais atenção em quem estamos formando, na retomada da qualidade dos processos e na garantia de uma longevidade econômica, ou a festa, em breve, pode se transformar em tempos ainda mais sombrios”. Para Tarsia, é tempo de usar a razão, mais do que o coração.

 

Sobre Tarsia Gonzalez

Psicóloga Comportamental e Mentora com mais de 30 anos de experiência em gente e gestão. O trabalho de Tarsia Gonzalez tem foco em Governança, Sucessão, acordo de acionistas e conciliação de conflitos. É Conselheira Grupo Transpes, uma das mais sólidas empresas do setor de transportes do país, e do InovaBh, primeiro projeto em forma de Parceria Público Privada (PPP) em Educação do Brasil.

 

Saiba mais:

https://www.instagram.com/tarsiagonzalez/  | tarsia@transpes.com.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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