28 de março de 2024

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Sorriso gengival: o que é e como tratar

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Mais comum em mulheres, desordem pode prejudicar autoestima e convívio social

Expressão máxima da felicidade, o sorriso é considerado peça-chave para uma boa autoestima e, muitas vezes, até para um bom convívio social. Vínculo de aproximação entre as pessoas, quando ele não é harmônico, pode comprometer a imagem pessoal, afetar a sociabilidade – deixando-a tímida e introspectiva pelo simples medo de sorrir –, comprometendo até mesmo a vida profissional.

“Uma das desordens bucais que mais incomoda, principalmente as mulheres – mais afetadas pelo problema – é o sorriso gengival”, afirma Dr. Paulo Coelho Andrade, mestre e especialista em implatodontia e odontologia estética. Ele é caracterizado pela exposição excessiva da gengiva e pode ser identificado quando ela, ao sorrir, fica acima de 4mm.

O profissional conta que são inúmeras as situações que podem causar o problema, sendo quatro mais comuns: crescimento excessivo do maxilar superior; excesso de gengiva que cobre a dentição; dentes curtos ou lábio curto ou hiperativo. “Para corrigir o sorriso gengival é imprescindível um diagnóstico preciso sobre cada caso”.

O tratamento mais usual de correção é a gengivoplastia, cirurgia simples onde o dentista remove o excesso de tecido, deixando os dentes mais expostos. A anestesia é local e a cicatrização costuma levar de uma a duas semanas. Quando feitas com laser ou cauter, o conforto é maior e a cicatrização mais rápida. Também tem se tornado cada vez mais comum a aplicação de toxina botulínica no músculo que move o lábio superior. A intenção é travá-lo quando a pessoa sorri. Desta forma, a gengiva não será muito exposta. Apesar de eficaz, este tratamento não é definitivo, sendo necessária a sua reaplicação a cada quatro meses.

Em casos mais graves, onde o problema é de ordem esquelética e o sorriso gengival ultrapassa a margem de 8 milímetros, a indicação é a cirurgia ortognática, que faz a retirada e reposição de osso do maxilar. A gengivoplastia e a aplicação de toxina botulínica são procedimentos menos invasivos, não causando nem inchaço, nem dor. Já a cirurgia ortognática é mais invasiva e demanda mais tempo de recuperação e volta à mastigação.

A ocorrência de dentes curtos é facilmente corrigida pelo uso de facetas de porcelana, técnica que reabilita a estética oral aumentando os dentes e deixando-os no formato e na cor desejada. Além disso, o uso de facetas é muito indicado quando se faz a gengivoplastia, pois ela irá recobrir a região das raízes expostas, caso seja de grande proporção. É imprescindível salientar que, para a realização de qualquer um dos procedimentos é necessário estar com a saúde bucal em dia. Escovação, uso de fio dental e limpezas periódicas (de 6 em 6 meses) mantém a salubridade da boca.

 

Paulo Coelho Andrade

Mestre em Implantodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas de Campinas e especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia, ambos os títulos reconhecidos pelos Conselhos Estadual e Federal de Odontologia, já realizou mais de 50.000 implantes em 20 anos de implantodontia. Autor de vários artigos científicos, publicados dentro e fora do país, também é pós-graduado em Fixação Zigomática, Periodontia, Cirurgias Avançadas, Sedação e Odontologia Estética.

Dr. Paulo Coelho Andrade

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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