14 de dezembro de 2024

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Santa Bárbara tem aluna premiada em Feira Brasileira de Ciências

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Maytê Mello, de 13 anos, estudante do Sesi, conquistou uma bolsa de iniciação científica júnior do CNPq ao desenvolver uma paleta de tintas para crianças cegas 

 

Identificar um problema e apresentar uma solução por meio de uma ideia inovadora. Foi o êxito no cumprimento desse critério de pesquisa que levou a jovem Maytê Braz de Andrade Mello, 13 anos, da Escola Sesi de Santa Bárbara d’Oeste, a conquistar dois prêmios na edição de 2021 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), um dos mais importantes eventos científicos voltados à educação básica do País. A cerimônia de premiação aconteceu na tarde de sábado (28).

 

Com o projeto “PACOR, o mundo colorido não visto”, a aluna Maytê, do 8º ano do Ensino Fundamental do Sesi Santa Bárbara, conquistou o prêmio “Meninas em STEM” (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e foi contemplada com uma bolsa de iniciação científica júnior concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como forma de incentivo à participação de meninas no desenvolvimento de projetos científicos. Maytê também conquistou o prêmio “Poli Cidadã de Tecnologia e Desenvolvimento Social”, recebendo um certificado de menção honrosa e um vale-livro no valor de R$100,00 patrocinado pela Fundação Vanzolini.

 

Em seu projeto, Maytê buscou proporcionar às pessoas com deficiência visual a possibilidade de percepção das cores por meio de outros sentidos. Para isso, foi feita uma pesquisa sobre o sentido e a simbologia das cores e, a partir daí, foi criada a PACOR, uma paleta de tintas com um sistema tecnológico. Nela, as tintas possuem cheiro, um manual em braile e uma audiodescrição, permitindo que as crianças cegas possam desenvolver suas próprias interpretações das cores e do mundo.

 

Para Maytê, participar de um evento como a Febrace foi um passo importante em sua vida e representou um grande avanço para a continuidade do projeto. “Quando recebi o primeiro prêmio, certificado e livro, fiquei muito feliz. Quando veio o segundo, a bolsa de estudos, foi incrível”, lembrou. Agora, ela pretende dar continuidade ao projeto PACOR, pois quer que a ideia chegue às escolas do Brasil e beneficie crianças cegas. “Pretendo aprimorar a parte de informática e aprender Libras e braile, que são essenciais no projeto. Enquanto o projeto vai se desenvolvendo, eu cresço junto com ele”, contou Maytê.

Protótipo da paleta de tintas do Projeto PACOR

A aluna também explicou que o projeto foi desenvolvido durante a disciplina Eixo Integrador Interáreas do Sesi, ministrada pela professora Érica Fátima Inácio. A ideia surgiu a partir da reflexão sobre a frase “O essencial é invisível aos olhos”, da obra O Pequeno Príncipe, de Antonie de Saint-Exupéry. “A partir disso, trouxemos várias ideias e curiosidades para serem discutidas, como a história do artista John Bramblitt, que se inspira em músicas para pintar seus quadros. Então pensei, por que não criar algo que possibilite a inclusão no meio artístico?”, comentou Maytê.

 

Assim nasceu o projeto PACOR, de uma disciplina que integra diversas áreas do conhecimento e estimula a reflexão e a criatividade dos alunos. Esse ensinamento, Maytê vai levar para a vida. “Meu sonho é fazer Artes Cênicas, mas não quero largar a Ciência, quero relacionar os dois através do meu crescimento” disse.

 

O projeto da aluna Maytê foi orientado pela professora Érica Fátima Inácio, coorientado pelo professor Marcelo Lauer, e recebeu o apoio do orientador de Educação Digital, Luciano Scognamiglio, do ex-aluno Matheus Gouvêa Betim, da coordenadora pedagógica Elisangela de Moraes, da diretora da Escola Sesi de Santa Bárbara, Patrícia Furlan, e do diretor do Sesi, André Vigneron.

 

Para conhecer o Projeto “PACOR: o mundo colorido não visto”, acesse febrace.org.br/virtual/2021/ENG/152.

 

Eco Telha 

 

O estudante Leonardo, 15 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio do Sesi Planalto Verde, em Ribeirão Preto, também foi premiado na Febrace. Ele apresentou o projeto “Eco Telha” e conquistou o segundo lugar no prêmio “Por um Mundo Sem Lixo” e recebeu um certificado e um curso sobre Economia Circular, promovido pela iniciativa Curso Movimento Circular, que estimula ações para um mundo sem lixo. Leonardo também recebeu medalha de 3º lugar e certificado na “Categorias Gerais” da Febrace, na área de Ciências Agrárias. Leonardo utilizou o bagaço e a palha da planta, combinados com resina à base do óleo de mamona, para a criação de telhas. Além de uma solução ecológica para a construção civil, o aproveitamento desses insumos evita a queima da palha e, consequentemente, minimiza os altos índices de poluição.

 

O projeto do Leonardo teve a orientação da professora Marília Aliarde, coorientação do técnico Bruno Vicente Moraes e apoio da coordenadora pedagógica Juliana Lilian da Silva, da diretora do Sesi Planalto Verde de Ribeirão Preto, Luciane Rosa de Souza, e do diretor do Sesi, Álvaro Alves Filho

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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