6 de dezembro de 2024

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Pandemia realça crise das micro e pequenas indústrias do interior paulista

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Segundo pesquisa do sindicato da categoria, para quase 70% faturamento é ruim ou péssimo

 

Com o agravamento da pandemia, o quadro negativo nas micro e pequenas indústrias vem piorando na mesma proporção. No Interior do Estado, 68% avaliam o faturamento como regular, ruim ou péssimo. Quanto à margem de lucro, é regular, ruim ou péssima para 73%. Já na Região Metropolitana de São Paulo, 79% das micro e pequenas indústrias consideram seu faturamento regular, ruim ou péssimo. A mesma opinião, têm 82% dos entrevistados da região em relação à margem de lucro. Os dados são do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi).

Para as micro e pequenas indústrias, a taxa daquelas que definem o faturamento como ruim ou péssimo subiu de 26% em janeiro para 34% em fevereiro, de acordo com a pesquisa. Em março de 2020, início da pandemia, este número estava em 20%. Veja gráfico abaixo:

O gráfico a seguir mostra a avaliação das micro e pequenas indústrias em relação à situação geral dos negócios, incluindo faturamento da categoria e o lucro no mês anterior, que caíram de 126 pontos em janeiro para 100 pontos no levantamento de fevereiro.

Com relação apenas às micro indústrias, o índice de satisfação ficou em 96 pontos, resultado abaixo dos 120 pontos registrados entre as pequenas indústrias. Em ambos os casos houve queda na comparação com o mês anterior.

Recuperação judicial e falências

A crise tem afetado também os negócios de clientes e fornecedores. De acordo com a pesquisa, 35% dos entrevistados tiveram algum fornecedor que faliu ou entrou em recuperação judicial desde o início da pandemia. Da mesma forma, 42% afirmaram terem perdido clientes pelo mesmo motivo.

Situação econômica do Estado

Para 57% das micro e pequenas indústrias consultadas no Estado de São Paulo, a situação econômica está ruim ou péssima. Em fevereiro de 2020, este número estava em 29%, outros 31% consideram a situação econômica regular e 11% avaliam com boa ou ótima.

No mesmo período do ano passado, a avaliação positiva estava em 28%.

Expectativas

Quando perguntados sobre a expectativa para os próximos meses, 57% das micro e pequenas indústrias acreditam que a situação econômica vai melhorar. Para 31% ficará como está e 10% acham que vai piorar.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, a pesquisa só confirma o que vemos na prática: quebra da cadeia produtiva, desabastecimento e aprofundamento da crise. “Quando não há crédito nem incentivo para as empresas, falta capital de giro, os preços sobem, aumenta o desemprego e cai o poder de compra. Precisamos quebrar este ciclo negativo com vacinação em massa, manutenção do auxílio emergencial, bem como crédito para as empresas e prorrogações tributárias”, alerta Couri.

Sobre a pesquisa

Realizado pelo Datafolha, a pedido do Simpi, o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, traz um panorama da categoria econômica. A coleta de dados ocorreu em fevereiro de 2021.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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