19 de abril de 2024

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Ômega 3: conheça os benefícios para a saúde física e mental

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Com atuação em todo o organismo, o consumo do ômega 3 é essencial para a manutenção de nossa saúde. Entenda sua atuação e importância.

 

Um dos nutrientes que mais recebeu atenção da mídia nos últimos anos, o ômega 3 faz parte do grupo de gorduras essenciais para o nosso corpo. Assim, apesar de não sintetizarmos esse lipídio, ele é fundamental para a nossa saúde a nível estrutural. Isso porque entre as muitas funções do ômega 3 está a formação das membranas celulares que compõem nosso corpo físico.

 

Mas a verdade é que a manutenção dos bons níveis dessa gordura tão importante tem impacto positivo além da esfera física de nosso corpo. Vale citar, por exemplo, que o ômega 3 carrega consigo diversas propriedades antidepressivas, especialmente porque o nosso cérebro é composto por aproximadamente 35% de compostos lipídicos, incluindo o ômega em questão.

 

Por esse mesmo motivo, bons níveis de ômega 3 também garantem a saúde de nossas respostas cerebrais, o que impacta diretamente outras atividades cognitivas de nosso cérebro, como memorização e aprendizado.

 

Saúde de ferro

Antes mesmo de receber atenção nos meios de comunicação, há aproximadamente 50 anos, o consumo regular do ômega 3 já era um assunto com abordagem séria, médica e científica. Isso porque, em 1970, pesquisadores dinamarqueses se atentaram ao fato de que populações indígenas esquimós apresentavam um índice quase nulo de doenças cardiovasculares.

 

Uma pesquisa sobre as tradições desses povos, então, mostrou que sua alimentação, rica em ômega 3, era o principal fator que brindava as veias, artérias e o coração dos inuítes, como também são chamados os esquimós das regiões nórdicas do planeta.

 

O médico cardiologista Ruben Mattar Jr. nos informa que, por ser uma gordura poliinsaturada, com estrutura complexa, o ômega 3 tem a capacidade de ajudar o nosso organismo a aumentar os níveis de LDL, popularmente conhecido como “colesterol bom”.

 

Em vias práticas, isso significa que o nutriente em questão regula a pressão arterial e, consequentemente, melhora a frequência dos batimentos do coração. Dessa maneira, previne e ajuda a combater doenças como hipertensão, ataque cardíaco e aneurisma da aorta abdominal.

 

Mas além do cérebro e do coração, esse ácido graxo tão poderoso tem capacidade e função de atuação em praticamente todos os sistemas de nosso organismo, desde atuações mais gerais até as mais localizadas. Um exemplo da primeira é a ação anti-inflamatória do ômega 3.

 

Com ação direta e indireta em todo o nosso corpo, a presença dessa gordura estimula a produção de substâncias naturais que combatem inflamações de todos os nossos sistemas. Vale lembrar que processos inflamatórios têm diversas causas, desde a alimentação até a genética, e são, também, a fase inicial de diversas doenças mais complexas, tais como a artrite reumatoide.

 

Produção de hormônios

Os hormônios são substâncias complexas que atuam como uma espécie de sinalizador celular. Ou seja, eles ativam os nossos tecidos para desempenharem funções específicas de acordo com situações particulares. Os hormônios sexuais, por exemplo, afetam o nosso sistema sexual e reprodutor.

 

O ômega 3, assim como outras gorduras, tanto essenciais como naturais, fazem parte da composição dos hormônios de nosso corpo. Em especial, além de ser um componente indispensável para a nossa saúde hormonal, bons níveis desse lipídio ajudam a combater cânceres que podem ter relação direta com o nosso sistema hormonal, tais como o câncer de mama e o de próstata.

 

Alimentação e suplementação

O ômega 3 é encontrado em grandes quantidades principalmente em peixes de água fria, como o salmão e a sardinha, e essas são, também, as fontes mais populares desse nutriente. Oleaginosas, como nozes e castanhas de maneira geral, ficam em segundo lugar entre os alimentos com maior quantidade do nutriente, e são uma ótima opção para vegetarianos e veganos.

 

Sementes, folhas escuras e leguminosas, apesar de não serem ricas em ômega 3, também são fontes desse lipídio essencial. Nos últimos anos, contudo, observou-se um significativo crescimento da venda de suplementos de ômega 3 em cápsula. Infelizmente, essa não é a melhor opção de consumo do nutriente e, na verdade, tem pouco ou nenhum efeito direto em nossa saúde.

 

Uma pesquisa realizada por uma rede internacional de pesquisadores do Instituto Cochrane, com sede em Londres, na Inglaterra, constatou que, em geral, pessoas já consomem a quantidade necessária de ômega 3, e o que é suplementado artificialmente quase nunca é aproveitado pelo organismo, sendo eliminado de nosso corpo sem qualquer benefício.

 

Suplementos, contudo, são importantes para pessoas com problemas nutricionais ou qualquer outro que impeça a ingestão direta através de alimentos. Esses, entretanto, são casos especiais relacionados a doenças, e devem ser feitos com prescrição médica.

 

Outro estudo, realizado pela JAMA Internal Medicine, dos Estados Unidos, demonstrou que o consumo do ômega 3 através de fontes de alimentos podem reduzir em até 10% os riscos de morte por doenças cardiovasculares. Isso porque os alimentos, além do ômega 3, fornecem uma nutrição completa, enquanto suplementos acabam se tornando alimentos processados, com o nutriente isolado.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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