18 de abril de 2024

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O resgate histórico e político dos principais escândalos de corrupção

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Por: Cloves Souza

 

Observar o cenário político brasileiro traz reflexões e perspectivas a respeito das práticas exercidas nos últimos anos. No livro “Excelências Bandidas – O Império da Corrupção no Brasil”, apresento com exatidão todos os desvios de dinheiro praticados em nosso país. Além disso, aponto caminhos para evitar a repetição dos episódios de corrupção e desmonte da máquina pública – aparelhada nos últimos governos para servir um determinado grupo político. Tudo isso em detrimento dos anseios e necessidades do povo brasileiro.

A obra é um livro polêmico e inspirador, pois, além de analisar com profundidade os principais problemas nacionais, aponta caminhos para sair das armadilhas mortais criadas por um agigantamento da política. Os políticos ficaram à vontade para criar cargos, novas cidades, ministérios, estatais, secretarias estaduais e municipais. Tudo isso nos deixou uma salgada conta a pagar.

Desmandos, desvios de dinheiro público, conluios políticos, a dilapidação do patrimônio do povo brasileiro são problemas que aponto como centrais na formação de ambiente público e governamental no Brasil. Como solução, proponho medidas claras, sendo que um leque delas, hoje, estão em discussão em Brasília.

A reaglutinação dos pequenos municípios e um novo pacto federativo fazem parte dessas propostas. Assim como a reforma previdenciária, a tributária e administrativa devem ser levadas adiante, uma vez que o Estado não suporta, em seu orçamento, todo esse escoamento de recursos. Outro ponto que proponho é a extinção da Justiça do Trabalho – cada vez mais, interpretações contrarias a lei e, tribunais se sobrepõem ao que diz a nossa legislação e a própria CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Além disso, esse braço da justiça chega a custar R$ 22,8 bilhões do orçamento público, somos o um único país no mundo que têm esse tipo de estrutura. Os demais 21 países que adotaram a Justiça do Trabalho têm Varas Trabalhistas dentro da justiça comum federal.

Os moldes da disputa política nas eleições também precisam ser revistos. O horário eleitoral, por exemplo, que se apresenta como gratuito, na verdade sai do bolso de milhões de brasileiros, por meio de pagamentos de impostos. Já o financiamento público de campanha é outra oportunidade de escoar recursos financeiros do Brasil sem que sejam aplicados em algo que, de fato, trará vantagens econômicas ou de desenvolvimento ao país. Além disso, a criação excessiva de partidos políticos faz com que o ambiente seja propício a irregularidades. Dessa forma, proponho a existência de apenas três partidos, o fim do horário eleitoral gratuito e os financiamentos públicos de campanha.

 

Trajetória histórica

Registrar memórias e vivências faz com que a história não possa ser apagada. Por isso, o título a que proponho reflexão este livro faz um registro dos acontecimentos durante seu desenvolvimento. Evitando que, posteriormente, haja desvios éticos e morais, retirando a verdade sobre os crimes praticados contra o Estado brasileiro e seu povo.

Os fundos de pensões de todas as estatais brasileiras sofreram desvios de recursos. No título, pude registrar quem os praticou, bem como a execução de um plano bem pensado, que resultou em anos de depressão política e econômica no Brasil.

Fomentar a consciência política dos eleitores faz parte de um processo de evolução pelo qual o Brasil precisa passar. Os últimos ano, e seus governos, têm demonstrado como a política pode ser criminosa e alerto para que o país passe por um processo de aprendizado que interrompa esse ciclo. Repensar o voto faz parte da demonstração do quão vulneráveis estão os políticos mal intencionados, pois estão reféns da vontade dos donos do poder originário, o do povo.

 

Eleição e o povo brasileiro

Temos no Brasil três grupos de pessoas. Os que por opção não se envolvem com a política, aqueles que são avessos à corrupção e os amantes e participes dela. O primeiro grupo, ao se anularem da política, prestam um desserviço a eles próprios e aos demais cidadãos.

Já o segundo grupo tem entendimento da dimensão de tudo o que se passou e se passa no Brasil, tem noção clara dos prejuízos que a corrupção causou a nação brasileira. São pessoas que lutam contra esse estado de cosias, tentam de todas as formas contribuir para colocar um fim em todos os abusos e na corrupção sistêmica instalada no seio do poder.

O terceiro grupo é formado por empresários que se associaram à corrupção, se fartaram do dinheiro público sempre abundante aos amigos do governo, portanto, participes de toda a roubalheira ocorrida por estas terras outrora lusitanas. E eleitores que votam em bandidos, os defendem nas redes sociais, brigam com os amigos e parentes em defesa de seus torpes entendimentos. Trata-se de um grupo ecléticos de eleitores, onde se misturam muitos ditos intelectuais, analfabetos totais e analfabetos funcionais. Tudo isso empurra para o atraso este pobre país.

 

Cloves Alves de Souza é mineiro. Nasceu em 20 de abril de 1960 e mora em São Paulo, SP, desde 1975. Casado com Vanda Rodrigues, é pai de três filhos – Miriam, Cloves Júnior e Luciana – e tem três netos. Escritor, lançou em agosto de 2016 o livro “Excelências bandidas – O império da corrupção no Brasil”. Advogado, atua em Direito Público e Ambiental. Sócio fundador do Escritório Alves de Souza Advogados Associados. Foi assistente técnico da CIR (Coordenadoria de Integração Regional) e da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (1991­1994). Chefe de Secretaria Parlamentar da Câmara Municipal de São Paulo (1995­1996). Foi administrador regional de Santo Amaro – Prefeitura de São Paulo (1996­1997). Assessor técnico legislativo da Câmara Municipal de São Paulo (1997­2001), onde chefiou os trabalhos da Relatoria da CPI da Máfia dos Fiscais e implantou a apresentação de Relatórios Parciais. Foi diretor-geral da Câmara Municipal de Paulínia em 2012. Coordenou, com sucesso, vários candidatos a cargos do Executivo e do Legislativo.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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