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Mulheres na política: Americana avança, Santa Bárbara fica para trás

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Enquanto Americana elege cinco mulheres para a Câmara Municipal, Santa Bárbara d’Oeste permanece com apenas uma representante feminina, evidenciando barreiras culturais e institucionais.

 

A cidade de Americana, localizada na RPT (Região do Polo Têxtil), destacou-se como um exemplo de avanço na representatividade feminina nas eleições municipais de 2024. Com a eleição de cinco mulheres para a Câmara Municipal, Americana supera regiões vizinhas e demonstra um progresso significativo no empoderamento feminino na política. As vereadoras eleitas – Professora Juliana (PT), Leonora Périco (PL), Talitha De Nadai (PDT), Roberta Lima (PRD) e Jacira Chavare (Republicanos) – agora ocupam cinco das 19 cadeiras do legislativo municipal, perfazendo 26% da composição.

Este avanço contrasta fortemente com a realidade de Santa Bárbara d’Oeste, onde apenas uma mulher foi eleita para a Câmara Municipal: Esther Moraes (PV). O cenário em Santa Bárbara reflete uma dinâmica ainda conservadora, com pouca valorização das mulheres na esfera política. Apesar de ser uma cidade fundada por uma mulher – Margarida da Graça Martins, que deu nome ao município – a participação feminina no legislativo local permanece à margem.

Números que Falam por Si

Os números evidenciam as diferenças marcantes entre as duas cidades:

  • Em Americana, as mulheres eleitas representam mais de um quarto da Câmara Municipal (26%), um avanço histórico para a cidade.
  • Já em Santa Bárbara d’Oeste, Esther Moraes é a única mulher entre os 19 vereadores, correspondendo a apenas 5,3% do total.

Essa disparidade não apenas revela a ausência de representatividade feminina em Santa Bárbara d’Oeste, mas também aponta para um cenário político dominado por homens, onde as mulheres enfrentam barreiras culturais e institucionais para se firmarem na política local.

Enquanto Americana avança, Santa Bárbara parece estagnada em uma cultura que ainda privilegia o protagonismo masculino. Esta situação é emblemática de um conservadorismo que, apesar de avanços pontuais, persiste na cidade.

A origem da cidade de Santa Bárbara d’Oeste, fundada por Margarida da Graça Martins, deveria servir como inspiração para uma maior inclusão das mulheres em todas as esferas de poder. Contudo, o legado feminino da fundadora não parece ecoar no contexto atual do município.

A eleição de mulheres na política é essencial para garantir que as decisões políticas contemplem uma diversidade de perspectivas e experiências. Americana demonstra que avançar é possível, enquanto Santa Bárbara d’Oeste precisa enfrentar seus desafios culturais e estruturais para abrir mais espaço às mulheres.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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