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Mais que leitura: livros ganham espaço como elementos de decoração

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 Livro físico volta a ocupar lugar de destaque em ambientes modernos

Antes restritos às prateleiras ou guardados em estantes tradicionais, os livros vêm conquistando novas funções dentro das casas. Além de fonte de conhecimento e lazer, eles passaram a ser parte importante da decoração de ambientes, ocupando mesas de centro, aparadores, cabeceiras e nichos com um propósito que vai além da leitura.

A tendência reflete o interesse por espaços que expressem personalidade e, ao mesmo tempo, transmitam acolhimento e autenticidade, sendo um recurso estético e afetivo.

Em um momento em que os ambientes buscam transmitir identidade, os títulos escolhidos, as cores das capas e até a forma como são organizados ajudam a compor o estilo do lar. O livro traz textura, cor e, principalmente, história. Ele fala sobre quem mora naquele espaço.

Estilo e identidade nas prateleiras

O uso dos livros na decoração vai muito além de preencher espaços vazios. Cada escolha pode revelar traços de quem habita o ambiente. Obras de arte, moda, fotografia e design, por exemplo, aparecem com frequência em composições contemporâneas, especialmente nas chamadas “coffee tables books”, que são edições de capa dura e visualmente atrativas, pensadas para ficarem expostas.

Mas nem só de grandes volumes se faz uma boa composição. Livros de bolso, edições antigas e títulos com lombadas coloridas também ganham destaque, especialmente quando organizados por tonalidades ou tamanhos, criando harmonia visual. Em muitos projetos, o livro atua como um ponto de contraste: uma pilha de edições com capas vibrantes sobre um móvel de tons neutros pode transformar completamente a atmosfera do ambiente.

Além da estética, há um aspecto emocional envolvido. Muitas pessoas retomaram o hábito de manter livros visíveis em casa como forma de resgatar memórias e valorizar histórias pessoais. Um exemplar herdado, uma edição autografada ou o primeiro livro lido na infância acabam se tornando peças de afeto que coexistem com o design do espaço.

Decoração funcional e afetiva

Nos projetos de interiores, os livros vêm sendo usados para equilibrar funcionalidade e acolhimento. Em estantes planejadas, podem dividir espaço com vasos, esculturas e fotografias, ajudando a criar ritmo visual. Sobre aparadores e mesas de centro funcionam como base para outros objetos, como velas, luminárias e arranjos florais, contribuindo para composições elegantes e dinâmicas.

A disposição dos volumes também passou a ser tratada como elemento de design. Enquanto pilhas horizontais transmitem sensação de estabilidade, fileiras verticais remetem à organização clássica. Alguns profissionais ainda exploram o uso de suportes e prateleiras flutuantes, que dão destaque aos livros sem comprometer o espaço de circulação.

Outra tendência é o uso da estante para livros aberta como divisória em ambientes integrados. Nesse caso, os livros ajudam a delimitar espaços, como a separação entre sala e escritório, sem bloquear a luz ou interferir na amplitude visual. O resultado é um ambiente funcional, mas que mantém o ar aconchegante e personalizado.

Com as lojas online, como a MadeiraMadeira, é possível pensar em diferentes usos dos livros na decoração, escolhendo móveis e estantes que valorizam tanto o design quanto a funcionalidade dos espaços.

Livros em diferentes estilos de decoração

Se antes eram mais comuns em casas de estilo tradicional, os livros hoje se adaptam a diversos perfis de decoração. Em projetos minimalistas, eles aparecem em pequenas quantidades, com capas neutras e organização precisa. Já em ambientes mais boêmios ou artísticos, o excesso é bem-vindo: pilhas irregulares, mistura de cores e tamanhos e disposição espontânea fazem parte do charme.

No estilo escandinavo, os livros são usados para adicionar calor e textura a ambientes predominantemente brancos. Em espaços industriais, ajudam a quebrar a rigidez dos materiais metálicos e do concreto aparente. Até mesmo na decoração contemporânea, marcada por linhas limpas, eles aparecem como pontos de cor e elementos de aproximação humana, uma forma sutil de contrapor o uso crescente de telas e superfícies digitais.

Um retorno simbólico ao papel

Mais do que um recurso estético, a presença dos livros na decoração representa uma reconciliação com o objeto físico em tempos de leitura digital. O livro volta a ser símbolo de pausa e contemplação, em meio à rotina acelerada. Mesmo quem não é leitor assíduo passou a valorizar a presença dos exemplares como parte do ambiente, reconhecendo seu papel na composição de um lar mais humano e inspirador.

Assim, os livros transcendem seu uso original e se tornam protagonistas de espaços que contam histórias, tanto pelas palavras impressas quanto pelas memórias que evocam.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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