Titular da equipe campeã da Libertadores da América em 2005 pede tranquilidade ao time nesta noite
Na noite desta quarta-feira, 13, o São Paulo terá um dos grandes desafios da temporada. O time precisa vencer o River Plate, da Argentina, para aumentar suas chances de classificação no Grupo 1 da Taça Libertadores da América. Caso aconteça um revés, matematicamente ainda não ficará de fora, mas terá que ir à Bolívia precisando dos três pontos de qualquer maneira. O jogo contra os argentinos será no estádio do Morumbi, às 21h45. No primeiro encontro ocorrido na Argentina o placar terminou empatado por 1 a 1.
Não é de hoje que o embate entre as duas agremiações tem caráter decisivo. São Paulo e River Plate jogaram em 2003 pela Copa Sul-Americana. O confronto era válido pela semifinal. Na ocasião o time da Argentina levou a melhor. Dois anos depois pela Libertadores, voltaram a se encontrar pela semifinal e o time do Morumbi venceu as duas partidas. Em solo brasileiro triunfou por 2 a 0 e depois no Monumental de Nuñes, na Argentina, venceu por 3 a 2.
Depois de 11 anos daquela decisão, os dois clubes voltam a se enfrentar num momento decisivo. Daquele São Paulo de 2005, apenas Lugano, que voltou esse ano para o clube, faz parte do elenco. Naquela ocasião, o companheiro de zaga do uruguaio era Fabão. Ambos formavam a defesa são-paulina na conquista da América em 2005.
Para Fabão, o time precisa entrar em campo pensando apenas na vitória. “O time tem que entrar com gana, com vontade. Para o São Paulo, o único resultado é a vitória. Não pode nem pensar em empatar. É comer a grama do Morumbi hoje”, aconselhou. Para ele ainda a vitória pode mudar o clima no clube. “Os três pontos podem ser a virada que o time precisa para trazer novamente a confiança aos jogadores”, completou.
Para o confronto desta noite, Fabão acredita que o apoio do torcedor fará a diferença. “Tem que fazer a lição de casa, tem que se impor. A torcida vai comparecer e encher o Morumbi, assim como 2005. Eles vão apoiar o tempo todo e os jogadores não podem perder essa chance. É hora de mostrar aos torcedores que eles querem mais”, disse.
‘Jogos duros’
O defensor relembrou aquelas duas decisões. “Foram dois jogos duros. O River tinha um timaço. Não foi fácil vencer”, recordou o zagueiro que comparou o elenco de 2005 com o atual. “Nossa equipe estava arrumada, ajustada e hoje o time passa por altos e baixos, mas é hora de esquecer tudo e entrar em campo e jogar bola”, alertou.
Ele também citou as características argentinas e pediu foco aos atletas do São Paulo. “Os argentinos são catimbeiros e vão provocar, assim como em 2005. Eles virão novamente para fazer cera e tentar enervar. Os jogadores precisam entrar com a cabeça de gelo”, aconselhou.
A presença de Diego Lugano, mesmo que no banco de reservas, será importante para os atletas, afirmou Fabão. “Lugano tem raça, vontade e pode passar experiência para os jogadores do atual elenco. Mesmo do banco ele vai gritar, empurrar o time. O Lugano é uruguaio e tem sangue quente”, concluiu.
Ficha técnica:
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Mineiro, Renan (Souza), Josué, Danilo e Junior; Amoroso (Alê) e Luizão.
Técnico: Paulo Autori.
River Plate (ARG): Costanzo; Diogo, Ameli, Tuzzio e Dominguez; Mascherano, Lucho González (Ahumada), Zapata (Mareque) e Gallardo; Farías e Salas (Fernández).
Técnico: Leonardo Astrada.
Local: Estádio do Morumbi, São Paulo (SP)
Data: 22 de junho de 2005
Publico: 61.027
Gols: Danilo e Rogério Ceni.
Cartões amarelos: Luizão, Lugano e Fabão; Zapata e Costanzo.
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