Por Dennis Moraes
É uma pena de verdade! A recente eleição em Santa Bárbara d’Oeste trouxe uma surpresa amarga para os defensores do conservadorismo: João Leopoldo Padoveze, um dos nomes mais fortes da direita na cidade e representante declarado de Eduardo Bolsonaro, não conseguiu uma vaga na Câmara. Para além de uma simples derrota eleitoral, sua ausência representa um retrocesso para os debates na casa de leis, e quem mais perde com isso é o povo.
João Leopoldo se destacou durante a campanha por sua postura firme em defesa dos valores conservadores, com princípios claros como a defesa da família, dos valores cristãos e de uma política moralmente enraizada. Seu slogan, “Santa Bárbara acima de tudo, Deus acima de todos”, não foi apenas uma frase de efeito, mas um compromisso com a preservação dos pilares que, para muitos, sustentam a sociedade.
Curiosamente, a derrota de João Leopoldo ocorre no mesmo momento em que o atual prefeito, Rafael Piovezan, do Partido Liberal (PL), partido de Jair Messias Bolsonaro, foi reeleito com ampla aprovação. Embora o conservadorismo ainda tenha força na cidade, com a liderança do prefeito alinhada aos valores bolsonaristas, a ausência de um representante tão expressivo quanto João Leopoldo na Câmara é contraditória e preocupante. Enquanto o executivo local está nas mãos de um “bolsonarista”, o legislativo fica desfalcado de uma das suas principais vozes conservadoras.
Essa contradição também evidencia um fenômeno preocupante: muitos políticos surfam na onda da direita e adotam um discurso conservador por conveniência, mas, quando confrontados com os desafios de manter essa postura de forma consistente, demonstram uma falta de compromisso genuíno com os princípios que defendem. Isso faz com que, muitas vezes, a população não valorize os verdadeiros conservadores.
A Câmara é o espaço onde se debatem os rumos da cidade, onde diferentes visões de mundo se confrontam e se complementam. A ausência de João Leopoldo, com sua visão conservadora clara e sem concessões, enfraquece o pluralismo dos debates. O conservadorismo, como destacou Olavo de Carvalho, exige fidelidade, constância e firmeza. Não é uma postura “para homens de geleia”.
Quem perde com isso? O povo. Porque a democracia não se fortalece com a ausência de vozes divergentes, mas com o confronto saudável de ideias opostas. Quando uma perspectiva conservadora autêntica é silenciada, as decisões políticas tendem a se inclinar em uma única direção, ignorando as necessidades de uma parcela da população.
É um erro acreditar que a ausência de conservadores na política local não terá consequências. A Câmara Municipal, sem a presença de João Leopoldo Padoveze, perderá em equilíbrio e profundidade nas discussões, e o maior prejudicado será o cidadão que, agora, terá uma casa de leis mais homogênea e menos representativa da diversidade de pensamento que caracteriza nossa sociedade.
Santa Bárbara d’Oeste não pode se dar ao luxo de perder representantes como João Leopoldo, que não têm medo de defender aquilo que acreditam, independentemente da direção do vento. A ausência dessa voz conservadora é um retrocesso, e é o povo que pagará o preço.
Dennis Moraes é Comendador outorgado pela Câmara Brasileira de Cultura, Jornalista, Feirante e Diretor de Jornalismo do SB24Horas. Acesse: dennismoraes.com.br
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