7 de outubro de 2024

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Ecologia nas escolas: qual a importância e os principais desafios

(créditos: iStock)

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Incorporados ao currículo escolar, os conceitos básicos desta ciência exigem recursos pedagógicos específicos para garantir melhor compreensão do conteúdo

Ciências e temas transversais sobre sociedade e meio ambiente estão presentes na grade curricular das escolas há algumas décadas. Mas estão longe de ser um assunto facilmente reproduzido de maneira engessada. Até porque, seres vivos e natureza estão em plena evolução e transformação, fator que por si só justifica a atualização constante de cientistas e professores que se encarregam dessa área de estudo.

 

Frente ao cenário educacional brasileiro, o desafio para garantir o sucesso no aprendizado de estudantes do ensino fundamental e médio pode ser ainda maior. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas, publicado na revista científica Docência em Ciência, parte das escolas não dispõem de recursos como laboratórios e, por isso, exigem adaptações e criatividade no planejamento das aulas.

 

Recursos didáticos

Metodologias que incluem visitas em campo e atividades lúdicas se comprovaram eficientes no processo construtivo. Isso porque o contato com o objeto de estudo da ecologia, quer sejam organismos, populações, comunidades, ecossistemas e/ou biosfera, beneficia o ensino-aprendizagem. O favorecimento se dá ao passo da observação, interpretação e elaboração de problemas de pesquisa gerados pela aproximação com o fenômeno.

 

A aplicação das aulas práticas, no contexto nacional, ainda é exceção à regra do ensino tradicional, que se sustenta por meio de representações e leituras. Uma pesquisa divulgada na Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias mostrou que a maior parte dos educadores costuma referenciar os conceitos a partir da realidade dos alunos ou utilizar o conteúdo dos livros didáticos.

 

Nesse levantamento, a porcentagem daqueles que realizam aulas práticas de campo e praticam a interdisciplinaridade foi inferior. Apesar de a amostra considerar professores de turmas do 3º ano do Ensino Médio de Sergipe, representa uma parte da educação pública brasileira que, inclusive, recebe incentivos para implementar conteúdos ecológicos nas escolas municipais, estaduais e federais.

 

Ecologia e a educação ambiental

Com a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), criada em 1999, entrou em vigor a Lei nº 9795, com o objetivo de estimular a conscientização de proteção e preservação do meio ambiente, através da educação. A orientação abrangeu o planejamento e a prática tanto do pedagogo na educação básica como também do professor e do biólogo que atuam em sala de aula.

 

A ecologia figura como um instrumento importante na educação ambiental. A habilidade de integrar humanidade e meio ambiente cria um cenário favorável para a abordagem interdisciplinar. Com isso, permite que educadores consigam elaborar estratégias e atividades capazes de criar repertórios e fomentar hábitos sustentáveis entre os alunos e, consequentemente, a sociedade.

 

A educação ambiental nas escolas passa pela integração de diferentes ciências e saberes. Logo, a realização de feiras, minicursos e passeios extracurriculares é uma ferramenta positiva para a promoção de debates e reflexões sobre os impactos do mau uso dos recursos naturais, como o desmatamento e as queimadas. De igual maneira, funciona como oportunidade para explicar por que se deve preservar os biomas e ecossistemas.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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