O valor médio do presente é estimado em R$ 240,00 e os itens mais procurados, nas lojas físicas, são perfumes, roupas, calçados e flores e, nas digitais, eletroeletrônicos, celulares e notebooks. O longo período de proibição das vendas presenciais estimulou o e-commerce e impulsionou a opção por pagamento com cartões de crédito em 14,5%, em março.
A movimentação financeira nas vendas físicas relativa ao Dia das Mães, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), deverá ser de R$ 211,5 milhões, 14% acima dos R$ 185,5 faturados na data, em 2020. Já as vendas digitais deverão se expandir em 25,5% sobre R$ 157,3 milhões de 2020 registrados no ano passado, atingindo R$ 197,4 milhões. No ano passado, o Dia das Mães apresentou uma perda de 54,2% em relação ao mesmo período de 2019.
Na avaliação do economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Laerte Martins, considerando o achatamento do poder de compra devido à pandemia do coronavírus, o valor médio do presente é estimado em R$ 240,00, uma expansão de 4,35% sobre o valor de R$ 230,00 gastos em 2020. Os segmentos mais procurados nas vendas físicas devem ser, principalmente, perfumarias, vestuários, calçados e floriculturas. Nas vendas digitais a preferência aponta para os eletroeletrônicos, celulares e notebooks.
Ainda na Fase Emergencial, na semana de 11 a 17 de abril, o faturamento médio no comércio de Campinas foi de 16,3 milhões por dia, enquanto na Fase de Transição, de 19 a 26 de abril (que incluiu o abertura de outras atividades, como salões de beleza, academias etc.) o valor diário atingiu R$ 19,1 milhões, o que representa 17% de aumento no volume de venda. Segundo o economista Laerte Martins, a alteração do horário no comércio deve agregar um aumento de 1,5% nas vendas atuais. Em uma situação normal o faturamento do comércio varia de R$ 36 milhões a R$ 37 milhões por dia.
Cartões de crédito
O uso dos cartões de crédito como forma de pagamento cresceu 14,5%, no período de março de 2020 a março de 2021, em Campinas, e já representa 47,5% no embolso de produtos e serviços. De acordo com a avaliação feita pelo diretor do Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Laerte Martins, com base nos dados da Associação Brasileira de Cartões de Crédito, o volume de vendas com essa modalidade de pagamento, nesse período da pandemia, deve-se, principalmente, à expansão do e-commerce.
Com os estabelecimentos do chamado comércio não essencial fechados, o e-commerce foi a solução para os empresários. De acordo com os dados da Boa Vista – SCPC, as vendas digitais atingiram R$ 80,3 milhões em março de 2021, representando um crescimento de 28,5% na comparação com março de 2020, que teve faturamento de R$ 62,5 milhões. No geral, porém, o faturamento apresentado pelo setor em março de 2021 mostrou uma redução de 2,91% em relação a março de 2020, e de 21,16% na comparação com fevereiro de 2021. Em segundo lugar aparecem os boletos e as transferências bancárias (DOCs), que representam 29,5%, e os carnês, 9%. As demais formas de pagamento, como cheques e notas promissórias, entre outras, somam 14%.