6 de dezembro de 2024

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Com 285 mortes em sete dias, região de Campinas tem pior semana desde o início da pandemia

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No período de uma semana, óbitos tiveram alta de 61,9%; Campinas registrou 68 vítimas fatais

 

O Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas), que notificou 285 mortes por covid-19 entre os dias 7 e 13 de março, vivenciou a pior semana desde o início da pandemia, de acordo com análise divulgada pelo Observatório PUC-Campinas. Em relação à semana anterior, houve aumento de 61,9% na quantidade de vítimas acometidas pela doença. (VEJA NOTA COMLPETA)

Do total, 196 óbitos ocorreram na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com o maior índice de mortalidade em âmbito regional, apresentando 171 mortes por 100 mil habitantes, Campinas registrou falecimento de 68 pessoas no período, que corresponde à 10 Semana Epidemiológica. As estatísticas vêm acompanhadas do aumento exponencial de novos casos em toda região. Na RMC, foram 6,9 mil novas infecções, alta de 46,5% comparando-se à semana anterior.

Na avaliação do infectologista André Giglio Bueno, a pandemia continua em ascensão, havendo risco iminente de colapso, mesmo com a corrida para abertura de novos leitos de UTI. Ele afirma que houve recorde de internações na última semana do DRS-Campinas: 1.403, aumento de 23% em relação ao período anterior. “O sistema de saúde permanece sobrecarregado, com taxas de ocupação próximas de 100%, já com filas de pacientes aguardando um leito intensivo”, destaca.

O docente indica que o novo decreto estadual, válido a partir desta segunda-feira (15/03), deve interromper o crescimento de casos nas próximas semanas. Contudo, o professor de Medicina da PUC-Campinas cobra conscientização da população diante da criticidade do momento vivido na região. “Perdemos tempo, e vidas, insistindo em medidas já conhecidas e pouco respeitadas pelas pessoas. As punições para organizadores e frequentadores de aglomerações precisam ser mais duras e exemplares para ajudar a inibir esse tipo de comportamento”, finaliza Giglio.

Economia

Em meio às restrições para conter o avanço do vírus, o Congresso Nacional promulgou hoje, em sessão solene, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que viabiliza a retomada do auxílio emergencial. As parcelas, que terão valor médio de R$ 250, devem começar a chegar aos brasileiros na primeira semana de abril.

Para o economista Paulo Oliveira, que coordena as análises referentes à covid pelo Observatório PUC-Campinas, a PEC é insuficiente diante do quadro sanitário e socioeconômico do país, tendo em vista a redução dos valores em relação ao montante pago no ano passado, além das regras que passam a vigorar para controle dos gastos públicos.

“O momento exigiria uma política expansionista de gastos por parte do governo, semelhante à de outros países para fazer frente às demandas de saúde e mitigar os efeitos socioeconômicos da crise. Na contramão, o governo já reduziu seus gastos em 4,7%, uma redução histórica num ano tão atípico”, diz Oliveira.

Da PUC-Campinas

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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