Quente, gelado, expresso, coado, puro, com leite, na sobremesa ou até dando aquele toque especial em receitas salgadas, o café é unanimidade entre os brasileiros. Seu aroma desperta a sensação de bem-estar e aconchego. Mas nem todos os cafés são iguais: tudo depende do plantio, do processo de fabricação e, até mesmo, da forma como a bebida é preparada e servida.
São várias as datas para homenagear o grão, mas, aqui no Brasil, o Dia Nacional do Café é comemorado em 24 de maio e foi instituído em 2005 pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) para celebrar o início da colheita nas principais regiões cafeeiras do país — como o Sul de Minas e o Cerrado Mineiro. Também é dedicado ao barista, profissional que domina a arte de extrair o melhor do grão.
Enfim, o café é, indiscutivelmente, uma paixão nacional e o consumo por aqui é, em média, 1.430 xícaras por ano. Além de ser um hábito cultural — no café da manhã, após as refeições ou naquele momento de pausa durante o dia —, também traz benefícios para a saúde.
O grão possui propriedades nutracêuticas, eficazes para aprimorar a atenção, a concentração, a memória e o aprendizado. O Prof. Dr. Durval Ribas Filho explica que a cafeína é a principal substância do café e não é 100% inofensiva, embora contribua para várias funções do nosso organismo.
“É um estimulante do sistema nervoso central que pode interferir no funcionamento do cérebro e do resto do corpo, de forma positiva ou negativa, de acordo com a dose”, detalha o médico nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (EUA), presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e docente da pós-graduação CNNUTRO.
Ele ainda alerta que “aquela vontade exagerada de tomar café pode ser uma dependência mais psicológica do que biológica, pois muitas pessoas associam a bebida à maior disposição e energia, especialmente em momentos de estresse. A rápida absorção da cafeína é que traz essa sensação de bem-estar e, com o não consumo, surgem sintomas de abstinência.”
E lembra: “a cafeína não está apenas na xícara de café, mas também na composição de outros alimentos, como refrigerantes tipo cola, bebidas energéticas, chás (verde, mate e preto), chocolate, suplementos alimentares para treino e até medicamentos.”
O que nosso cafezinho tem de melhor:
- Amigo do coração
Rico em antioxidantes, o café ajuda na circulação sanguínea e pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, quando consumido com moderação. - Cérebro mais ativo e menos depressão
Estimula a liberação de substâncias como dopamina e adrenalina, melhorando foco, memória e bem-estar, além de reduzir riscos de doenças neurodegenerativas. - Mais energia e melhor desempenho
A cafeína combate o cansaço, aumenta a disposição e contribui para a performance física e mental. - Excesso faz mal
Altas doses de cafeína podem causar ansiedade, insônia, arritmias e até efeitos mais graves, variando conforme o organismo de cada pessoa. - Consumo consciente
A recomendação para adultos saudáveis é de até 400 mg de cafeína por dia — cerca de quatro xícaras de café coado, considerando outras fontes de cafeína. - Sem açúcar é melhor
Evitar o açúcar no café pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2 e favorecer o controle da glicose e da sensibilidade à insulina. - Hora certa para tomar
Prefira tomar até o meio da tarde, pois a cafeína pode prejudicar o sono. Também pode interferir na absorção de ferro e cálcio. - Tipos e teores de cafeína
O expresso tem mais cafeína por volume que o coado. O descafeinado é uma opção para quem quer evitar a substância, sem abrir mão do sabor. - Café fresco sempre
Após 30 minutos do preparo, o café começa a oxidar, perdendo sabor e podendo causar desconfortos gastrointestinais. - Quem deve evitar
Não é recomendado para gestantes, lactantes, crianças, pessoas com ansiedade, insônia, refluxo, doenças cardíacas ou glaucoma, salvo orientação médica.
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