Em meio a uma série de demandas urgentes da população que continuam sem respostas, a Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste segue priorizando a criação de homenagens protocolares. O vereador Rony Tavares (Republicanos) protocolou o Projeto de Decreto Legislativo nº 06/2025, que institui o “Diploma de Reconhecimento e Gratidão” a professores e escritores do município.
De acordo com o projeto, a honraria será entregue anualmente, no mês de outubro, durante sessão solene organizada pelo Setor de Comunicação e Cerimonial da Casa de Leis. A proposta visa reconhecer educadores do ensino infantil, fundamental, médio e superior, além de escritores que tenham contribuído para o desenvolvimento da educação e da cultura literária local.
Na justificativa, o parlamentar afirma que a iniciativa busca valorizar os profissionais que, segundo ele, são “pilares da formação cidadã” e responsáveis por deixar marcas transformadoras na sociedade. Tavares ainda citou os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19, quando professores precisaram se reinventar diante da escassez de recursos.
Apesar da nobreza da causa, o projeto levanta novamente a discussão sobre a verdadeira atuação do Legislativo barbarense. Nos corredores da própria Câmara e nas ruas da cidade, o comentário é um só: os vereadores parecem mais preocupados em organizar eventos cerimoniais do que em fiscalizar o Executivo, cobrar soluções para os problemas reais ou propor políticas públicas que realmente impactem o cotidiano dos cidadãos.
Enquanto isso, problemas como saúde precária, buracos nas ruas, terrenos abandonados, segurança pública deficiente e a falta de políticas efetivas para educação seguem sem respostas concretas.
A crítica que ecoa entre a população é clara: mais do que discursos e diplomas, Santa Bárbara d’Oeste precisa de vereadores atuantes, presentes nos bairros, ouvindo as comunidades e cobrando soluções práticas para o dia a dia da cidade.
A entrega de homenagens é importante, mas quando se torna rotina protocolar e desvinculada de ações concretas, reforça a percepção de que o Legislativo local está mais preocupado com fotos, solenidades e palanque do que com o trabalho efetivo de representar a população.



 
        

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