18 de abril de 2024

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Brasil e sua relação com as drogas em época de pandemia

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A pandemia causada pelo novo coronavírus alterou drasticamente a vida de muitas pessoas. A imposição da quarentena ou o medo pela impossibilidade de cumpri-la, entre outros aspectos que veremos a seguir, contribuem para a falta de perspectiva e a incerteza sobre o futuro.

Esse cenário de angústia tem feito com que as pessoas passem a sofrer mais com crises de ansiedade e picos de estresse. Outra consequência disso é o aumento do consumo de álcool, drogas e outras substâncias psicoativas durante a pandemia, e a automedicação. Acompanhe a leitura do artigo e entenda a situação do Brasil e sua relação com as drogas em época de pandemia.

Saúde mental

A pandemia causada pelo novo coronavírus causa uma constante sensação de medo, estresse e angústia. A imprevisibilidade, por não sabermos quando essa crise terá fim, o medo por achar que o vírus pode estar por toda parte, o estresse por estar em confinamento, a impossibilidade de acesso a atividades presenciais ligadas ao cotidiano, nossos planos e sonhos, nossos gostos e costumes. A perda de entes queridos, além da falta de políticas públicas efetivas para a resolução desse enorme problema. A própria impossibilidade que muitas pessoas têm de se isolar, por conta de suas profissões. São fatores que prejudicam a saúde mental e aumentam o nível de ansiedade: 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa durante a pandemia.

Substâncias psicoativas

É com a intenção de amenizar as angústias e o estresse causado por esse cenário que muitas pessoas recorrem ao uso do álcool e outras substâncias psicoativas: 38,4% das pessoas em quarentena passaram a consumir mais drogas. Isso acontece porque muitas substâncias psicoativas causam relaxamento, anestesia e até mesmo sensações de bem-estar, alegria e euforia. Muitas substâncias, como o ácido por exemplo, podem produzir sensações de conexão com a natureza e autoconhecimento.

Muitos países reconhecem os benefícios do uso recreativo de substâncias psicoativas, até mesmo como formas de tratamento para a ansiedade, depressão e outras doenças. Na legislação desses países, o porte de drogas para uso pessoal é permitido. Ao reconhecer, o poder público estabelece leis e regulamentos para a produção e distribuição controlada dessas substâncias, além de campanhas de educação, redução de danos e prevenção nos principais canais midiáticos da população e nas escolas. Apesar da descriminalização nesses países, não houve variação na quantidade de pessoas que usam drogas.

Dependência

Nos países em que não existe essa regulamentação, o porte de drogas, a produção, distribuição e uso são proibidos. A produção e a distribuição são feitas pelo tráfico de drogas, por meio de sistemas de corrupção entre grupos criminosos e o próprio poder público. As campanhas preventivas estão voltadas para a proibição e não para a educação da população e redução de danos. Assim, sem informações, em um cenário como o da pandemia, a utilização descontrolada dessas substâncias causa dependência na população.

Tratamento e cuidados com a saúde

No Brasil, são poucas as políticas públicas para tratamento da dependência ao uso de drogas, restrito aos grupos filantrópicos de Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, e Centros de Atenção Psicossocial, que fazem um excelente trabalho, apesar das poucas vagas. Se tornaram populares então espaços como a clínica de recuperação Viver Sem Drogas, com tratamentos que incluem a desintoxicação e a conscientização, junto a uma equipe de psicólogos e outros profissionais.

Entre as dicas de cuidado estão o contato virtual com amigos e familiares, a prática de exercícios físicos, a criação de rotinas e atividades relaxantes.

Esses são alguns dos aspectos do Brasil e sua relação com as drogas em época de pandemia. Qual sua opinião sobre o uso de drogas? Comenta a seguir!

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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