19 de abril de 2024

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Apenas cinco das 20 cidades da RMC apresentaram índices negativos de empregos em 2020

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Apesar do saldo positivo de 15 cidades, a região perdeu 4.164 postos de trabalho no acumulado de janeiro a dezembro. Foram registradas 357.279 vagas, mas as demissões somaram 361.443 .

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou retração do mercado de trabalho em 2020. O índice de queda foi de 252,19%, considerando o saldo negativo de 4.164 postos de trabalho entre janeiro e dezembro no ano passado, contra 2.736 novas vagas no acumulado de 2019. Apenas em dezembro de 2020, na região, foram eliminados 3.100 postos de trabalho, considerando 28.908 admissões e 32.008 demissões. Os dados de dezembro passado comparados com as vagas eliminadas em 2019 (8.487) representam uma variação de 136,89%. As informações, avaliadas pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Tabela do Caged referente a dezembro de 2020

 

Das 20 cidades que formam a RMC, 15 apresentaram variações positivas no resultado de contratações X demissões. O melhor índice, de 6,09% foi apresentado por Monte Mor, onde foram registradas as contratações de 4.664 pessoas e a demissão de 4.027 trabalhadores em todo o ano de 2020. O segundo melhor índice foi o de Nova Odessa (4,21%), com 9.288 admissões contra 8.440 demissões. As cinco cidades que terminaram 2020 com índices negativos foram Americana (27.808 contratações e 28.294 demissões, com variação de -0,68%), Campinas (143.622 admissões contra 149.328 demissões – variação de -1,50%), Holambra (3.870 contratações contra 4.056 demissões e variação de 2,87%), Sumaré, com 19.598 novas vagas e 18.831 dispensas, o que representa um índice de -0,35% e Valinhos, que apresentou o pior resultados com 15.975 admissões contra 19.009 demissões e variação negativa de 6,80%.

 

Campinas

Apenas em Campinas foram eliminados, em dezembro de 2020, 918 postos de trabalho, considerando a diferença entre as 12.610 admissões e as 3.528 demissões. No acumulado do ano houve 5.706 demissões contra as 10.716 vagas em todo o ano de 2019. A retração das vagas representa um índice de 153,25%. Em nível nacional, o Caged registrou a eliminação de 67.906 postos de trabalho em dezembro de 2020, resultado da diferença entre admissão de 1.239.280 trabalhadores e a demissão 1.307.1866 profissionais. No acumulado do ano (janeiro a dezembro) de 2020 foram gerados 142.290 empregos, decorrentes das 15.166.221 admissões e da demissão de 15.023.531 trabalhadores com carteira assinada. O comércio foi o segmento que mais contratou, registrando 62.599 admissões. Os serviços, a indústria, a construção civil e a agropecuária eliminaram, juntos, 130.505 postos de trabalho.

Tabela do Caged referente ao acumulado de janeiro a dezembro de 2020

 

De acordo com o economista Laerte Martins, da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o efeito desses números de dezembro de 2020 no Índice de Desemprego da RMC deve fechar em 14% da População Economicamente Ativa (PEA), demonstrando que a região já atingiu a casa de 300 mil desempregados e, que Campinas está acima dos 110 mil campineiros sem emprego. “Os números apresentados pelo Caged, em dezembro de 2020, mostram que o emprego formal apresenta uma pequena redução no nível de emprego regional. No entanto, a perspectiva para o ano de 2021 é de uma recuperação positiva na criação de postos de trabalho, uma vez que, em nível nacional, o Caged registrou, no acumulado do ano, a geração de 142.690 empregos no mercado formal”, acredita o economista.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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