7 de dezembro de 2024

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Adiar a aposentadoria diminui o risco de Alzheimer

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Conclusões de pesquisa francesa mostram que cada ano de trabalho diminui em cerca de 3% o risco de uma pessoa ter demência

Idosos: Computador pode ser aliado para manter boa saúde mentalCognição: Quanto mais anos uma pessoa trabalha, menor o seu risco de sofrer alguma demência no futuro (Thinkstock)

Uma nova e extensa pesquisa feita na França fornece ainda mais evidências para a teoria de que devemos colocar o nosso cérebro para trabalhar se não quisermos sofrer com problemas de memória e raciocínio na velhice. Segundo o estudo, pessoas que adiam a aposentadoria têm um risco menor de ter a doença de Alzheimer ou outro tipo de demência ao longo dos anos.

 

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COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer.

De acordo com Carole Dufouil, cientista do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica da França (Inserm) e coordenadora do estudo, cada ano adicional de trabalho reduz o risco de demência em cerca de 3%. Ou seja, segundo sua pesquisa, um indivíduo que se aposenta aos 65 anos, por exemplo, apresenta uma chance quase 15% menor de ter alguma demência do que uma pessoa que se aposenta aos 60.

Carole apresentou esses resultados nesta semana na conferência da Associação Internacional de Alzheimer, em Boston, nos Estados Unidos. De acordo com ela, esse é o maior estudo já realizado sobre a relação entre tempo de trabalho e risco de demência. A pesquisa foi feita com base nos dados de aproximadamente 429.000 trabalhadores. A idade média dos participantes era de 74 anos e eles haviam se aposentado 12 anos antes, em média.

 

A análise não considerou pessoas que desenvolveram demência enquanto trabalhavam – assim, a equipe eliminou a possibilidade de que parte dos participantes pudesse ter se aposentado devido ao problema cognitivo.

Benefícios do trabalho — Para os autores do estudo, essas conclusões fazem sentido, já que trabalhar mantém as pessoas conectadas socialmente, desafia constantemente as suas mentes e diminui a propensão de elas serem sedentárias – fatores conhecidos por prevenir o declínio cognitivo. “Nós não ficamos surpresos com os resultados, mas com a solidez deles”, diz Carole.  Em entrevista à revista Time, ela disse que o seu estudo sugere que “as pessoas devem trabalhar até quando desejarem, porque isso pode provocar benefícios à saúde”.

 

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(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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