8 de dezembro de 2024

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A importância do autocuidado

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Ao contrário do que parece, cuidar de si, no caso de parentes e amigos, é um passo de extrema importância e uma forma de contribuir com o tratamento de pacientes que passam por problemas sérios de saúde, receberam um diagnóstico difícil ou vivem com uma condição que muda a dinâmica familiar.

 

Para a psicanalista Cláudia Barroso, que lidera o Bem Me Care, programa de tratamento emergencial de método psicanalítico para familiares de pacientes que receberam um diagnóstico médico difícil, o principal entrave para uma melhor organização emocional familiar é o mito de que autocuidado, para quem não está passando pela doença, é desnecessário.

“Pelo contrário. O que vimos, nesses mais de 10 anos de atuação, é que ajudar a família a lidar com a situação, a se recompor e a ter mais equilíbrio emocional ajuda, inclusive, no sucesso do tratamento do paciente”, revela Cláudia. O Bem me Care não cuida do paciente, na verdade, nas sessões, que são realizadas em grupo com os familiares, amigos e pessoas próximas que têm suas vidas modificadas pela situação, eles não participam.

Cláudia explica: “nós deixamos o paciente para ser cuidado pela equipe médica, ele já tem quem olhe por ele. Quem fica à deriva, muitas vezes, é a família, e foi exatamente por isso que o programa Bem me Care foi criado”. Ao invés de considerar autocuidado como superficial, o programa trata como fator fundamental na reconstrução da dinâmica familiar.

“Como pais, já consideramos o autocuidado uma certa negligência com os filhos. Como parceiros, achamos que só podemos estar bem se o outro estiver também. A nossa sociedade está aprendendo ainda como lidar com o ‘cuidar de si’, que é crucial para quem quer e precisa cuidar dos outros”, lembra a psicanalista.

O programa acolhe famílias e pessoas que convivem com quem teve ou tem um diagnóstico de doenças graves e até fatais, como câncer e AIDS, mas também como Alzheimer, Parkinson, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), Síndrome de Down e até a própria Covid-19, nos dias de hoje.

Sobre Cláudia Barroso

Cláudia Barroso é Psicóloga Clínica formada pela Fundação Mineira de Educação e Cultura – FUMEC, com especialização em Psicoterapia Breve Psicanalítica pelo Instituto Sedes Sapientiae e Psicoterapia de Casal e Família. É Terapeuta Sexual, formada pelo Isexp e Psicanalista formada através de processo particular. Além de fundadora e idealizadora do projeto Bem me Care e co-autora do livro “O impacto da má notícia médica na família. Uma visão psicanalítica”, é também gestora do Falhei & Disse – Reflexões Psicanalíticas com Entretenimento. Hoje atende crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias em seu consultório em São Paulo, atuando também de forma on-line.

Mais informações:

https://www.bemme.care/ contato@bemme.care

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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