3 de maio de 2024

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A importância da vacinação na adolescência

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Pesquisa indica redução na cobertura vacinal de crianças e adolescentes

Dados da pesquisa realizada em fevereiro de 2023, pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), mostra que entre os anos 2014 e 2021 houve uma grande redução na procura de oito imunizantes que fazem parte do esquema vacinal de crianças e adolescentes. Entre as vacinas que tiveram queda estão a Tetraviral, que foi de 42,3%, em 2014, para 0,3% (17) em 2021 e a do HPV feminina que chegou a bater a meta de vacinação em 2014, atingindo 100%, mas que chegou em 2021 com apenas 13,6% dos municípios vacinados. A meta de vacinação contra o HPV para o sexo masculino nunca foi batida desde que a vacina foi disponibilizada para esse público.

Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, muitas vezes a imunização dos adolescentes é esquecida, porém é fundamental manter a atenção ao calendário vacinal dessa faixa etária para evitar doenças que podem prejudicar os jovens para a vida inteira. “Quando um filho nasce os pais já estão cientes de que a criança terá que tomar uma série de vacinas, algumas aplicadas na maternidade. Nessa fase, como o acompanhamento do pediatra é constante, o cumprimento do calendário vacinal acaba sendo mais rígido. Conforme o crescimento vai acontecendo e as visitas aos médicos ficam mais escassas, a busca pela imunização vai reduzindo entre a maioria das famílias, mas não podemos esquecer que o(a) adolescente também conta com um calendário vacinal próprio, que deve ser cumprido rigorosamente”, afirma.

 

Vacinas da adolescência

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) o calendário vacinal do(a) adolescente é constituído de diversas vacinas, sendo necessário avaliar se houve o cumprimenro completo do esquema vacinal na infância para avaliar quais vacinas são fundamentais de serem tomadas nesta fase. “Para os jovens que realizaram o calendário vacinal completo na infância, as principais vacinas a serem tomadas são as que protegem contra o vírus do HPV, a Pneumocócica, a dpaT, a Influenza e a Meningite A C-W135-Y. Caso o esquema vacinal da infância esteja incompleto, também devem ser inseridas vacinas como Hepatite A, Hepatite B, Tríplice Viral, Varicela e Febre Amarela Viral”, explica Kátia.

Kátia conta que a vacina dpaT é conhecida como a vacina dos 15 anos pois protege contra difteria, tétano e coqueluche, sendo uma vacina de suma importância, já que coqueluche (também conhecida como tosse comprida) é uma doença endêmica, com epidemias que surgem de forma cíclica com intervalos de três a cinco anos no mundo todo. “A coqueluche é uma infecção respiratória, causada por bactéria, que conta com alto grau de contaminação e está presente no mundo todo. Os principais fatores de risco desta doença têm relação direta com a falta de vacinação, que deve acontecer na infância e com doses ao longo da vida. Outra vacina importante é a meningite quadrivalente, ou A-C-W135-Y, que só está disponível em clínicas privadas, porém que conta com uma imunização abrangente contra quatro tipos de meningococo”, reforça a especialista.

Outra vacina fundamental de ser tomada na adolescência, idealmente antes dos 12 anos, é a do HPV, que protege contra um dos vírus mais disseminados na sociedade, causador câncer de colo de útero, vagina, pênis, ânus, boca, faringe e laringe, além de verrugas genitais. “É fundamental vacinar contra o HPV logo no início da fase da adolescência, antes que os jovens comecem a vida sexual, evitando assim que eles se contaminem e venham a carregar o vírus pela vida inteira. Importante lembrar que as vacinas são a principal forma de combate doenças perigosas que muitas vezes são mortais ou podem deixar sequelas. A adolescência é uma fase muito pontual, onde o corpo está em desenvolvimento e os jovens começam a querer sair e se relacionar mais, por isso é fundamental completar o calendário vacinal dessa faixa etária”, finaliza Kátia.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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