O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) divulgou nesta semana o estudo referente ao mês de julho de 2025, trazendo um panorama detalhado do mercado imobiliário de Campinas e região. O levantamento foi realizado com 169 imobiliárias de cidades como Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Hortolândia, Sumaré, Valinhos, Vinhedo, Indaiatuba, Campinas, entre outras.
De acordo com o levantamento, as vendas de casas e apartamentos caíram 34,27% em julho em comparação a junho. Por outro lado, o número de novos contratos de locação teve alta de 17,89% no mesmo período.
Mesmo com a retração pontual, os dois segmentos apresentam desempenho expressivo no acumulado do ano: tanto vendas quanto locações registram alta próxima a 90% em 2025, em relação a 2024.
“Meses de pico nas vendas (como maio) coincidem com retração no aluguel, e vice-versa (como março e junho), indicando que parte da demanda transita entre as duas modalidades conforme condições de crédito, preços e perfil do estoque”, destacou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.
Perfil das vendas em julho
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Casas representaram 35% das vendas e apartamentos 65%.
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A faixa de preço mais comum foi entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
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A maioria das casas vendidas tinha 2 dormitórios (47,8%) e área útil entre 100 m² e 200 m².
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Entre os apartamentos, 75% tinham 2 dormitórios e área útil de até 50 m².
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Em relação à localização, 56,7% dos imóveis vendidos estavam na periferia, 31,3% nas regiões centrais e apenas 11,9% em áreas nobres.
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43,2% das vendas foram financiadas pela Caixa Econômica Federal, enquanto 26,1% foram realizadas diretamente com os proprietários.
Perfil das locações em julho
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As casas lideraram as locações (63%), contra 37% dos apartamentos.
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A faixa de preço preferida pelos inquilinos ficou entre R$ 1.000 e R$ 1.500.
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A maioria das casas alugadas tinha até 3 dormitórios e entre 50 m² e 100 m² de área útil.
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Nos apartamentos, predominou o perfil de 2 dormitórios com até 100 m².
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O seguro-fiança foi a garantia mais utilizada (43%), seguido por fiador (28,9%).
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Os imóveis mais alugados estavam na periferia (46,3%), seguidos pela região central (39,8%) e áreas nobres (13,9%).
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Entre os inquilinos que encerraram contratos, 39,7% trocaram por um aluguel mais barato, enquanto 14,1% optaram por imóveis mais caros.
Evolução em 2025
O mercado imobiliário regional tem mostrado oscilações importantes ao longo do ano:
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Em maio, as vendas cresceram 74,5%, mas as locações caíram 46,4%.
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Já em junho, ocorreu o contrário: retração de 5,2% nas vendas e alta de 36,3% nas locações.
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Em julho, a tendência se repetiu, com forte queda nas vendas (-34,27%) e crescimento nas locações (+17,89%).
No acumulado do ano, no entanto, o cenário segue positivo: vendas cresceram 93,02% e locações 89,87% em relação a 2024, confirmando 2025 como um ano de recuperação para o mercado de usados na região.
📊 Fonte: CRECISP – Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo
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