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Juros baixos fazem mercado imobiliário crescer em 2020

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Créditos para construção e compra de imóveis têm aumentado devido aos juros baixos. Além disso, as vendas do setor têm melhor desempenho desde 2014.

 

O mercado imobiliário nacional passou por um período de muita dificuldade, com forte queda nos lançamentos de imóveis durante a crise sanitária, devido ao fechamento do comércio.

 

Em relação às vendas, a diminuição foi menos brusca. Entretanto, com a flexibilização, mesmo ainda em meio à crise, o setor tem apresentado um bom crescimento.

Dados sobre o setor

Uma verificação mensal, feita pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), atestou um crescimento de 58% nas vendas de novos imóveis habitacionais em julho de 2020, em comparação ao período homólogo. Ao todo, foram comercializadas 13.023 unidades em todo o país. Esse resultado mensal é o melhor indicador desde maio de 2014.

 

Dados do boletim de conjuntura do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais do Distrito Federal (Secovi-DF), mostram crescimento de 40,5% no valor de financiamentos imobiliários nos 7 meses iniciais de 2020, em relação à mesma época de 2019.

 

Segundo Ovídio Maia, presidente do Secovi-DP, várias razões levaram ao crescimento. Para ele, as principais foram a própria crise e a baixa taxa de juros do crédito habitacional, que modificou necessidades e hábitos de grande parte da população.

 

“Na média, os juros dos financiamentos estão em 5%, 6% ao ano, níveis bastante atrativos para o setor habitacional. Por outro lado, com a pandemia, muitas pessoas foram obrigadas a trabalhar em casa, o que gerou uma demanda para adaptar as residências ou buscar imóveis mais adequados a essa nova necessidade”, afirma.

 

Ademais, Ovídio lembra que a economia do Distrito Federal baseia-se nos serviços públicos, que não sofreram impactos financeiros. “Isso ajudou a manter a demanda no setor imobiliário”, salientou.

 

Com o objetivo de estimular o setor, a Caixa Econômica Federal anunciou a substituição da pausa no pagamento do financiamento imobiliário, concedido no início do ano.

 

Essa substituição possibilita ao comprador pagar somente 50% da mensalidade por até 3 meses ou de 50% a 70% por até 6 meses. A medida entrou em vigor na última semana do mês de outubro. Segundo a instituição, devem ser oferecidos mais de R$ 14 bilhões em crédito imobiliário, com recursos da poupança, até o fim de 2020.

 

Ou seja, a aquisição da casa própria foi facilitada devido aos juros mais baixos da história: taxa mínima de TR + 6,25% ao ano e máxima de TR + 8%. Consequentemente, os imóveis voltaram a ser uma ótima oportunidade de investimento para quem possui os recursos necessários.

Oportunidades novas

Neste contexto, muitas pessoas viram a chance de comprar seu apartamento, justamente pela facilidade que veio junto à diminuição da taxa de juros, que está menor, inclusive, em comparação ao programa Minha Casa, Minha Vida.

 

A carência de até 6 meses, disponível pela Caixa, oferece ao comprador a oportunidade de só pagar a primeira mensalidade a partir do 6° mês, ou seja, depois que já estiver morando no imóvel.

Procura por mais espaço

Além do cenário de juros mais baixos, que incentiva as vendas, uma tendência nova tem ganhado destaque no setor imobiliário com a crise sanitária.

 

Uma pesquisa recente, publicada pela consultoria Brain, mostrou que, ao aumentar a convivência entre os membros das famílias, a crise gerou a vontade de trocar o apartamento por uma casa, em busca de mais conforto e espaço.

 

O levantamento ouviu 128 pessoas em 8 capitais brasileiras. Segundo os dados, 14% das pessoas ouvidas estão à procura de espaços distantes das principais metrópoles, enquanto 27% delas passaram a dar mais valor às áreas verdes no ato da compra do imóvel.

 

Ademais, pesquisas dos maiores portais do setor imobiliário indicam um aumento de 63% na procura por imóveis rurais, desde o começo da quarentena. Em apenas um ano, a busca nesse segmento aumentou 336%.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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