Os meses que seguem o Réveillon trazem despesas inevitáveis, e, para evitar problemas com inadimplência e prejuízos, é necessário organizar as finanças com antecedência 

O fim de 2023 vai se aproximando, e, com ele, se acercam as preparações para as festividades de Natal e Réveillon. Embora seja um momento de celebração, os gastos envolvidos nesses preparativos devem considerar as despesas do futuro próximo que começam logo após a virada do ano. As despesas sazonais nos meses de janeiro a março costumam apertar o orçamento familiar. Por isso, é fundamental começar o planejamento ainda em novembro.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, elaborada pelo Executivo do Governo Federal, ainda não foi aprovada pelo Congresso, porém traz a proposta de aumentar o salário mínimo para R$ 1.421. Apesar de ser uma projeção, também existem expectativas de reajustes nos impostos e nas faturas relacionados a moradia, transporte, educação, serviços e consumo.

Diante desse contexto, a recomendação dos especialistas é projetar o custo das contas com uma margem de segurança, a fim de evitar dificuldades financeiras. Com base nos boletos mais comuns no início do ano, foram selecionadas 3 dicas práticas que ajudam a programar o orçamento com eficiência.

1 – IPTU 

O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) é de obrigação de todos os proprietários de imóveis no país, podendo ser pago à vista ou parcelado. Mas, em contratos de locação, esse custo pode ser repassado para o locatário. Inquilinos em vias de renovação contratual podem barganhar o abatimento do valor dentro das parcelas do aluguel. Com isso, conseguem garantir mais folga no planejamento financeiro.

2 – Matrícula e materiais escolares

Segundo o levantamento do Melhor Escola, divulgado pela Agência Brasil, as escolas particulares devem fazer um reajuste médio de 9% no próximo ano. O aumento impacta a planilha de gastos familiar e justifica antecipar a negociação antes dos novos valores serem praticados. Manter esse relacionamento com a instituição abre a oportunidade de prorrogar o acréscimo do preço na matrícula e mensalidade, o que alivia o bolso no começo do ano.

Com relação aos materiais escolares, a orientação é listar os itens indispensáveis e reaproveitar aqueles que estiverem em bom estado. Outro ponto importante é conferir se na lista exigida pela direção educativa existem itens proibidos pelo Procon, como, por exemplo, materiais de higiene, limpeza e escritório.

3 – IPVA

O valor a ser pago no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) varia de acordo com as regras de cada estado, mas deriva do cálculo venal do veículo, modelo e ano de fabricação. De modo geral, pode ser pago em cota única, mas é uma alternativa viável somente quando o desconto é, de fato, atrativo. Afinal, há a possibilidade de parcelar o IPVA e, consequentemente, diminuir as chances de ficar sem dinheiro no começo do ano.

Além do imposto, em janeiro, os proprietários precisam arcar com o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), considerado obrigatório no país, mesmo para aqueles que contratam o serviço particular. A quitação dessas despesas é pré-requisito para o licenciamento do carro ou da moto.