23 de abril de 2024

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Você sabe o que é reducetarianismo? Entenda mais sobre esse tipo de dieta

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Além de incentivar uma alimentação mais saudável com a dispensa da carne, o movimento tem como base a preocupação ambiental

 

Parece um palavrão, mas a palavra reducetariano diz respeito a um novo movimento de alimentação consciente, que tem como um de seus objetivos principais diminuir o consumo de produtos de origem animal.

 

Isso não seria, então, a mesma ideia do vegetarianismo ou do veganismo? A diferença é que, ao contrário dos dois, o reducetarianismo — cujo nome vem da palavra “reduzir” — é mais moderado e o consumo de carnes brancas, por exemplo, é permitido.

De onde vem essa ideia?

Simpático aos movimentos que querem acabar com o consumo de carne, mas consciente de que essa nem sempre é uma escolha fácil ou possível para todos, o norte-americano Brian Kateman criou a Reducetarian Foundation.

 

A organização, fundada em 2014, tem três princípios básicos:

 

  • melhorar a saúde humana;
  • proteger o meio ambiente,
  • diminuir a crueldade nas criações de animais, reduzindo o consumo social de produtos dessa origem.

 

A intenção é, por meio de uma mudança de hábitos, reduzir significativamente o consumo de ovos, carne vermelha, aves, frutos do mar e laticínios. Ao mesmo tempo, o movimento quer promover uma alimentação mais saudável e equilibrada, com impactos positivos também na saúde de seus seguidores.

 

Os reducetarianistas acreditam que pequenas mudanças também podem fazer a diferença no coletivo e que, não é porque a pessoa ainda não consegue ou não quer abrir mão completamente do consumo de produtos animais, que ela não possa ajudar a fazer a diferença no mundo.

 

A Reduceterian Foundation realiza campanhas, cursos e pesquisas com o objetivo de espalhar a ideia e identificar novas maneiras efetivas de diminuir o consumo de produtos de origem animal no dia a dia das pessoas.

 

No site da organização é possível encontrar receitas sem produtos de origem animal e dicas de cuidados nutricionais que devem ser tomados por quem pretende começar essa mudança de hábitos.

E como ela impacta o meio ambiente?

Além de pensarem nos animais e na saúde humana, os reducetarianistas também estão muito preocupados com o meio ambiente e os impactos que a criação de animais para consumo tem causado no planeta.

 

Entre esses impactos estão os desmatamentos e as queimadas, estratégias muito utilizadas pelos fazendeiros para abrir pastagens. Isso sem falar na monocultura de grãos cultivados para alimentar os animais, que deixa enormes áreas inférteis.

 

Segundo estudos feitos pela organização, essa indústria, inclusive, é uma das responsáveis pela fome mundial. A organização afirma que, se todos os alimentos cultivados no planeta fossem destinados ao consumo humano, seria possível alimentar 4 bilhões de pessoas a mais.

Você conhece a Segunda Sem Carne?

Bastante difundido em alguns países, o reducetarianismo ainda não é muito popular no Brasil, mas muita gente é adepta ao movimento mesmo sem conhecê-lo.

 

O movimento Segunda Sem Carne, por exemplo, que existe desde 2009, incentiva as pessoas a não consumirem alimentos de origem animal, pelo menos um dia na semana.

 

Tanto o Segunda Sem Carne quanto o reducetarianismo partem dos pressupostos de que é preciso começar de algum lugar e que pequenas mudanças são melhores que nenhuma e já trazem impactos positivos.

 

Quem já começou a diminuir o consumo de carne e outros produtos de origem animal garante que não é tão difícil quanto parece e que, com o tempo, acaba se abrindo mais para as ideias do vegetarianismo e do veganismo, considerando essas possibilidades.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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