Extraordinária que aconteceu pela manhã, marca nova derrota do ex-prefeito Denis Andia
Por 11 votos a oito, a Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste aprovou, nesta-sexta-feira (30), durante a 7ª Reunião Extraordinária do ano, o Projeto de Decreto Legislativo 22/2023, de autoria da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Economia, que reprova as contas da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste relativas ao exercício de 2016. Votaram favoráveis ao parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) os seguintes parlamentares: Arnaldo Alves, Carlão Motorista, Carlos Fontes, Celso Ávila, Eliel Miranda, Felipe Corá, Isac Sorrillo, Jesus Vendedor, Paulo Monaro, Reinaldo Casimiro e Tikinho TK.
Em seu artigo 1º, o projeto dispõe que ficam reprovadas as contas da Prefeitura, nos termos do parecer desfavorável à aprovação das contas emitido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Na justificativa do projeto, os vereadores que integram a Comissão de Finanças destacam que essa proposição tem como fundamento o artigo 10 da Lei Orgânica do Município, assim como as disposições do Regimento Interno da Câmara, no sentido de julgamento das contas da Prefeitura.
O parecer desfavorável do TCE aponta que, no referido exercício, a Prefeitura extrapolou o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para despesas com pessoal, apresentou déficit orçamentário e déficit financeiro, além de efetuar o recolhimento parcial de INSS e PASEP. O referido parecer também destaca que o chefe do Executivo descumpriu o artigo 42 da LRF, segundo o qual ele ficaria impedido, nos dois últimos quadrimestres, de contrair obrigação de despesa que não pudessem ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tivesse parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que houvesse suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Por fim, o TCE também aponta irregularidade no fato de, no primeiro semestre de 2016, as despesas com publicidade terem superado a média dos gastos efetuados no mesmo período dos três últimos exercícios.
Durante a sessão, sem a presença do ex-prefeito Denis Andia ou de algum representante dele, o procurador Guilherme Zamith leu, na íntegra, a defesa do ex-chefe do Executivo. Nesse documento, os advogados afirmam que o Ministério Público emitiu parecer favorável às tomadas de decisão do prefeito à época, as quais teriam sido acertadas e em respeito ao interesse público. Além disso, os defensores do ex-prefeito apontam queda de R$ 18 milhões na arrecadação municipal no referido ano, em virtude de crise econômica nacional, e destacam a ausência de dolo ou má-fé na gestão. “Fica evidente que as escolhas do prefeito municipal tiveram caráter humano e voltadas às necessidades da população barbarense”, afirma a defesa. Por fim, o documento também nega aumento de despesas com publicidade no período.
Votaram contra o projeto da Comissão de Finanças, Orçamento e Economia os vereadores Bachin Jr, Careca do Esporte, Esther Moraes, Joi Fornasari, Juca Bortolucci, Kátia Ferrari, Kifu, Nilson Araújo Radialista.




VEJA TAMBÉM
Aprovado projeto de Rosana Valle que garante mamografia pelo SUS a partir dos 40 anos
Fórmula E: Mortara e Mahindra voltam a ser os mais rápidos, nesta quarta-feira; Felipe Drugovich foi melhor novato em Valência
Fórmula E presta homenagem às vítimas das inundações de Valência, um ano depois, com doação de € 25.000