A vereadora Esther Moraes, com o apoio de outros 11 parlamentares, apresentou, nesta quinta-feira (23/01), o Requerimento 39/2025, propondo a criação de uma Comissão de Representação para acompanhar as medidas adotadas pela Prefeitura no enfrentamento da crise financeira que afeta Santa Bárbara d’Oeste.
A iniciativa surge em resposta à inércia do Executivo diante de um momento delicado para a Administração Municipal, que enfrenta atrasos salariais e dificuldades no pagamento de empresas terceirizadas. Apesar de o prefeito Rafael Piovezan ter instituído um Comitê Gestor, por meio do Decreto 7620/2025, para coordenar as ações de administração orçamentária e financeira, faltam medidas concretas e efetivas para resolver os problemas enfrentados pela população e pelos servidores.
A comissão da Câmara será composta por cinco membros e buscará ampliar o diálogo com o Executivo, monitorando de perto as ações do Comitê Gestor. Seus objetivos incluem pressionar pela elaboração de um Plano Municipal de Enfrentamento da Crise e cobrar maior empenho na articulação com os governos estadual e federal para garantir novos recursos ao Município.
A vereadora Esther destacou a importância do papel fiscalizador do Legislativo em momentos de crise, especialmente para garantir que medidas sejam tomadas para proteger os serviços essenciais à população, como Saúde e Assistência Social, em conformidade com a Constituição. “A criação dessa comissão representa um esforço conjunto da Câmara para cobrar do Executivo soluções reais e reforçar o compromisso com a transparência e a eficiência na gestão pública, em um momento que exige ações concretas e não apenas discursos”, afirmou.
Até o momento, assinaram o requerimento os vereadores Arnaldo Alves, Cabo Dorigon, Careca do Esporte, Carlos Fontes, Gustavo Bagnoli, Joi Fornasari, Juca Bortolucci, Lúcio Donizete, Paulo Monaro, Rony Tavares e Tikinho TK. A comissão atuará inicialmente por 180 dias, com possibilidade de prorrogação caso necessário.
Embora o Comitê Gestor tenha sido criado, há uma evidente falta de comunicação e transparência em relação às ações concretas para resolver a crise. A população e o funcionalismo exigem respostas claras e prazos definidos para a normalização dos serviços e pagamentos.
O Executivo precisa apresentar soluções que efetivamente atendam às demandas da cidade e que garantam o funcionamento adequado dos serviços públicos. A ineficiência administrativa está agravando o cenário, e a omissão em relação à busca de apoio junto a outras esferas de governo é um ponto que merece maior atenção e urgência.
A sociedade barbarense espera uma postura mais proativa do prefeito e de sua equipe, para que a crise seja enfrentada com responsabilidade e ações concretas, e não com medidas paliativas ou promessas vagas. O momento exige liderança, planejamento e comprometimento real com os interesses do Município.





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