O vereador Felipe Corá entregou pessoalmente ao assessor especial da Casa Civil, Ricardo Molina, três moções de apelo ao governador Tarcísio de Freitas, pedindo reforços na área de segurança pública para Santa Bárbara d’Oeste. Os documentos solicitam a ampliação da Ronda Escolar da Polícia Militar, o aumento do efetivo do Corpo de Bombeiros e a renovação da frota da Polícia Militar no município.
Corá justifica que a presença ostensiva da PM nas escolas é fundamental para a prevenção de delitos e combate ao tráfico de drogas, além de destacar a importância das atividades educativas feitas pelos policiais junto à comunidade escolar. Já em relação ao Corpo de Bombeiros, o parlamentar lembrou que o crescimento populacional da cidade sobrecarrega os profissionais, o que torna urgente a chegada de novos integrantes à corporação. Por fim, defendeu a renovação da frota da PM, argumentando que veículos desgastados comprometem a agilidade no atendimento às ocorrências e elevam os custos de manutenção.
Embora os pedidos tenham peso e reflitam demandas reais da população barbarense, há um ponto que não pode ser ignorado: a baixa força política de Ricardo Molina dentro do governo Tarcísio. Muitos vereadores da região têm recorrido ao assessor da Casa Civil com solicitações diversas, mas até agora os resultados práticos dessas visitas são limitados.
Molina, que é de Americana, enfrenta resistência política em sua própria cidade e não ocupa um espaço de protagonismo no governo estadual. Na prática, isso reduz a capacidade de suas articulações renderem frutos concretos para municípios como Santa Bárbara d’Oeste. O discurso de proximidade com o Palácio dos Bandeirantes, propagado por alguns políticos locais, não tem se traduzido em investimentos ou melhorias efetivas.
As moções apresentadas por Corá refletem necessidades legítimas: escolas mais seguras, bombeiros com melhor estrutura e viaturas em condições adequadas são reivindicações urgentes. Porém, o canal escolhido para essas demandas levanta dúvidas sobre a real efetividade do movimento político.
Enquanto a cidade enfrenta desafios diários em áreas como saúde, transporte e segurança, fica a pergunta: será que esse tipo de interlocução com figuras de influência restrita no governo estadual não acaba sendo mais um gesto de marketing político do que uma busca concreta por soluções?
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