O vereador Celso Ávila protocolou nesta segunda-feira (21) dois requerimentos endereçados à Secretaria Municipal de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste, solicitando esclarecimentos e providências diante das crescentes reclamações de munícipes sobre atrasos no atendimento psicológico e na realização de exames de sangue na rede pública.
O primeiro requerimento trata da longa espera enfrentada por quem busca atendimento psicológico pelo SUS no município. De acordo com relatos recebidos pelo parlamentar, os prazos para início do acompanhamento têm sido excessivamente longos, o que compromete diretamente a eficácia dos tratamentos e afeta o bem-estar emocional de pacientes. “A saúde mental não pode mais ser tratada como algo secundário. A falta de estrutura e a demora no atendimento agravam quadros clínicos e geram sofrimento evitável à população”, afirmou o vereador.
No segundo documento, Ávila pede explicações detalhadas sobre o fluxo de agendamento de exames de sangue, especialmente em casos considerados urgentes. Apesar da justificativa da Prefeitura de que os agendamentos seguem critérios clínicos e prioridades definidas por profissionais de saúde, muitos pacientes relataram esperas prolongadas, inclusive em situações que demandavam maior celeridade. O requerimento também questiona a atuação da empresa terceirizada responsável pelos exames, exigindo informações sobre prazos médios, capacidade de atendimento, critérios de prioridade e fiscalização contratual.

O parlamentar reforça que os requerimentos foram encaminhados ao prefeito e às secretarias competentes com o objetivo de garantir mais transparência nos processos de atendimento e identificar possíveis falhas na gestão dos serviços prestados. Ele lembra ainda que, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), qualquer espera superior a 100 dias para consultas ou exames no SUS é considerada excessiva.
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que, em 2024, o tempo médio de espera para consultas especializadas no SUS foi de 57 dias. Entretanto, para áreas como saúde mental e exames laboratoriais mais específicos, a fila pode ultrapassar meses — ou até anos — dependendo da demanda e da região.
Celso Ávila afirmou que acompanhará de perto a resposta da Prefeitura e seguirá fiscalizando para que os direitos da população sejam respeitados. “Saúde pública precisa ser sinônimo de dignidade, eficiência e respeito. Não é aceitável que cidadãos tenham sua saúde negligenciada por falta de estrutura ou gestão”, concluiu.





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