Vereador Carlos Fontes propõe CEI para investigar colapso na saúde barbarense

Ao receber denúncias de atrasos salariais a médicos, falta de insumos essenciais e superlotação nos Prontos-Socorros “Dr. Edson Mano” e “Dr. Afonso Ramos”, o vereador Carlos Fontes protocolou o Requerimento nº 616/2025, por meio do qual solicita a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal para investigar a situação. O parlamentar considera reportagens da imprensa local e regional relatando o colapso da rede pública de saúde, com situações extremas, como médicos trabalhando há mais de 100 dias sem serem pagos, consultórios fechados por falta de profissionais e pacientes aguardando atendimento sentados no chão.

“Enquanto isso, a empresa terceirizada Alive Saúde Serviços Médicos Ltda., contratada pela Prefeitura, tem sido acusada de omissão e de apagar mensagens de reclamações nas redes sociais, recusando-se a dialogar com os profissionais. A Prefeitura, por sua vez, mantém-se em silêncio, sem responder à imprensa ou oferecer explicações públicas sobre a crise”, relata o parlamentar. “A situação chegou ao limite. A Câmara não pode se calar diante do sofrimento da população e da total falta de responsabilidade com os profissionais da saúde”, completa.

A CEI proposta tem como objetivo apurar possíveis irregularidades administrativas, contratuais e financeiras, além de investigar a conduta da Prefeitura. A comissão deverá ser composta por três parlamentares, com prazo inicial de 90 dias para conclusão dos trabalhos. O Requerimento nº 616/2025 está disponível no sistema eletrônico da Câmara Municipal e pode ser assinado por todos os vereadores. “Conto com o apoio dos colegas parlamentares para darmos a devida resposta à sociedade. Este é o momento de mostrarmos que a Câmara está do lado do povo e não da omissão”, afirma Fontes.

Para que a CEI seja instaurada, são necessárias sete assinaturas, correspondentes a um terço dos vereadores. Até o momento, além do autor, já assinaram o requerimento os vereadores Paulo Monaro, Celso Ávila, Wilson da Engenharia e Felipe Corá.