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Três mães denunciam reação grave em crianças após aplicação de medicamento no Hospital Afonso Ramos

Imagem de divulgação autorizadas pelos pais da criança

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Três mães de Santa Bárbara d’Oeste relataram ao SB24Horas que seus filhos apresentaram lesões graves após receberem aplicação do medicamento ondansetrona injetável no Hospital Afonso Ramos, unidade da rede pública municipal. Os casos ocorreram entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro. As famílias alegam que as crianças desenvolveram dor intensa, vermelhidão, bolhas e feridas com aspecto de queimadura no local da aplicação.

A primeira mãe a fazer a denúncia foi Alexia Karolaine Silva dos Santos, que levou sua filha, Mariah Ísis Silva Campos, de 2 anos, ao hospital na madrugada do dia 3, após episódios de vômito. Após receber a medicação e ser liberada, a criança acordou horas depois chorando e com uma grande lesão na nádega. Alexia retornou ao Afonso Ramos, mas afirma que foi orientada a fazer compressas e que a situação seria normal. Com a piora do quadro, buscou atendimento no Hospital Municipal Dr. Edson Mano, onde, segundo ela, a equipe demonstrou preocupação e registrou imagens da lesão. A mãe registrou boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial e segue acompanhando a evolução do quadro clínico da filha.

Em seguida, a mãe Kerollin Naiara Santos Silva Amorim relatou situação semelhante envolvendo sua filha, Izabel Amorim Oliveira, também de 2 anos. A criança recebeu a injeção após apresentar vômitos e febre e, no dia seguinte, desenvolveu marcas roxas que evoluíram para feridas com aspecto de queimadura. Ao retornar ao hospital, Kerollin afirma ter sido informada de que a reação poderia estar ligada à composição do lote do medicamento e que a área poderia necrosar antes de cicatrizar. Segundo ela, foi orientada a levar a filha diariamente a uma unidade de saúde para curativos. “É a minha filha, não é um teste. Não é normal aplicar uma medicação e a pele necrosar assim”, afirmou.

O terceiro caso foi relatado por Adriana Dias Marques, referente ao filho Pedro Henrique, atendido no dia 30 de outubro com quadro febril. Ela conta que o pai levou o menino ao hospital, onde a médica avaliou que o pulmão estava limpo e prescreveu uma injeção para controle da febre. No dia seguinte, Adriana notou forte vermelhidão no local da aplicação e, no sábado, surgiram bolhas. Ao retornar ao hospital, a família foi orientada a fotografar diariamente a evolução do quadro e recebeu prescrição de antibióticos. A mãe conta que, no trabalho, soube de outro caso semelhante e, após entrar em contato com a outra responsável, decidiu registrar boletim de ocorrência online. “Quando soube que outras crianças passaram pelo mesmo, percebi que poderia ser algo mais sério. Fizemos o BO e estamos tomando as providências”, disse.

Imagens de divulgação autorizadas pelos pais

Os relatos, além de próximos no tempo, apresentam características clínicas similares, o que levou as famílias a buscar explicações e assistência médica contínua. Todas afirmam que as crianças continuam com lesões e estão passando por acompanhamento.

O SB24Horas entrou em contato com a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste e com a direção do Hospital Afonso Ramos para solicitar esclarecimentos sobre os fatos, informações sobre os lotes de ondansetrona utilizados, procedimentos de armazenamento, conduta das equipes médicas e eventuais medidas adotadas após os relatos. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno da administração municipal.

O SB24Horas continuará acompanhando os desdobramentos, ouvindo autoridades de saúde, órgãos de fiscalização e as famílias envolvidas, e atualizará as informações assim que houver posicionamento oficial.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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