19 de abril de 2024

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Tour de France: um playground para tecnologias inovadoras no esporte

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*Thales Cyrino

 

Nos últimos anos, o mundo testemunha o quanto a tecnologia é responsável por mudar o nosso dia a dia. A forma como nos comunicamos, compramos, fazemos transações bancárias. As transformações são inúmeras e diárias, mas assim como ela influencia todos os setores de negócios e as mais diversas esferas das nossas vidas, a evolução tecnológica também permite, cada vez mais, que a gente acompanhe e torça por algum atleta de maneira inovadora.

 

Imagine acompanhar uma competição na perspectiva de um ciclista dentro do pelotão. Ou então, acompanhar dados que o faça sentir na pele tudo o que ele realmente está passando naquele momento. Até mesmo acompanhar as estratégias de cada equipe, qual tem mais chances de vencer ou se acidentar. Tudo isso e muito mais já foi realidade no Tour de France deste ano.

 

A tecnologia é a grande responsável por impulsionar a popularidade deste esporte tão cativante. Tanto que seus admiradores em mídias sociais cresceram de 2,7 milhões em 2014 para 7 milhões em 2019. De 2016 a 2018, houve um crescimento de 14% no tráfego do site Race Center e os vídeos aumentaram de 6 milhões para 75 milhões nas plataformas oficiais do TDF.

 

Para que isso acontecesse, foi realizado muito investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, além da elaboração de uma infraestrutura robusta para atingir resultados como esses.

A experiência do espectador do Tour de France deste ano foi aprimorada. Sensores de Internet das Coisas (iOT) foram instalados nas bicicletas dos mais de 150 atletas que participam da prova. O aparelho pesa apenas 100 gramas, tem GPS e uma bateria com mais de oito horas de durabilidade. Esses dispositivos transmitem inúmeras informações por segundo, resultando em uma média de 3 milhões de visualizações por etapa.

 

Os equipamentos transmitem os dados para os helicópteros, caminhões e carros oficiais da corrida, responsáveis por processar todas essas informações em questão de milissegundos. Os mais variados detalhes são avaliados nessa fase, incluindo dados meteorológicos, informações altimétricas e muito mais.

 

O machine learning ocupa um papel cada vez mais fundamental: tal tecnologia foi treinada com mais de 300 milhões de registros históricos. É isso que vem ajudando os especialistas a comentar a performance de cada atleta e também a prever os resultados das competições.

 

O Tour de France de 2019 contou com o aperfeiçoamento de tecnologias já testadas em anos anteriores e ainda uma série de inovações em fase de testes que, quando bem-sucedidas, são incorporadas em outros esportes. Elas já foram adotadas no futebol, rugby, corrida de velas e várias outras modalidades automotivas.

 

Por essas e outras que não é exagero afirmar que o Tour de France é o berço da inovação tecnológica no esporte e o playground de algumas das principais empresas de tecnologia do mundo.

 

*Thales Cyrino é Cybersecurity Business Development Manager Brazil da Dimension Data

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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