26 de abril de 2024

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Tempo cronológico x Tempo subjetivo: como a harmonia dos dois melhora a qualidade de vida?

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Neuropsicóloga e psicanalista Leninha Espírito Santo Wagner explica a diferença entre os dois tempos e ensina como é possível aproveitar o presente sem sofrer pelo que passou ou pelo que há de vir

 

Você já se pegou lembrando do passado e, subitamente, tendo a sensação que o tempo tem passado rápido demais? Saiba que isso é absolutamente normal, e, que, à medida que ficamos mais velhos, mais frequentemente temos a impressão que tudo está mais rápido.

 

Para a neuropsicóloga e psicanalista Leninha Espírito Santo Wagner, isso acontece pois, além de aumentarmos nossas responsabilidades e compromissos, também  perdemos a ingenuidade e a inocência. “Passamos a ter a certeza que já atravessamos grande parte do nosso ciclo vital e que estamos seguindo rumo à finitude. Passamos a ter urgência em viver e aproveitar melhor o tempo”, explica.

 

Mas não é só a vontade de viver que nos faz ter a sensação de agilidade no tempo. Segundo a especialista, estamos vivendo a chamada Síndrome dos Novos Tempos. “Estamos sempre com pressa. Somos multitarefas e estamos

a todo instante competindo com o tempo cronológico do relógio”, detalha. “Essa pressa acaba gerando ansiedade e depressão, afinal, é uma luta inglória. O tempo como uma das maiores forças da natureza, reina soberano sobre nós. O que nos resta é harmonizar o tempo cronológico com o tempo subjetivo, fazer o melhor e não tentar fazer o impossível”, completa.

 

Leninha também destaca que o período pelo qual estamos atravessando, de pandemia e desejo de dias melhores, provoca uma vontade inconsciente de enganar o tempo, como se nosso organismo pudesse projetar a realidade que estamos vivendo agora para um futuro mais agradável.

 

“A esperança por melhores momentos ativa o desejo fantasioso de enganar o tempo. Mas a vida em seu percurso é um processo, o que devemos fazer é realizar ações positivas. A virada dos dias ou do ano são apenas marcadores cronológicos, o que vale é o tempo subjetivo que deve ser usado a favor das lições que nos oferecem, não nos erros que cometemos”, afirma.

 

Por fim, a especialista faz um alerta sobre os males que a ansiedade e o desejo de atropelar o tempo presente podem oferecer à saúde.

 

“O maior prejuízo é o desenvolvimento de doenças mentais, sintomas, síndromes, transtornos e doenças. Quem não tem saúde mental, não tem saúde alguma. Além do que, a imunidade tem um forte caráter emocional. Uma mente sã, resultará em um corpo saudável”, finaliza.

 

 

 

MF Press Global

Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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