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Suplente Jeová propõe festejo oficial enquanto assume cadeira “por alguns dias”: Projeto para incluir Festa das Crianças da Migração entra na pauta da Câmara

Jeová Depósito Migração

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Em sua passagem temporária pela Câmara Municipal, o suplente Jeová Depósito Migração apresentou, nesta quinta-feira (30), o Projeto de Lei nº 162/2025, que pretende incluir a “Festa das Crianças da Praça da Migração” no Calendário Oficial de Eventos do Município.

A iniciativa busca reconhecer oficialmente a celebração realizada no Jardim Pérola, tradicional no mês de outubro e conhecida por oferecer atividades recreativas, brinquedos e distribuição gratuita de lanches e doces para crianças, com apoio de voluntários e empresas locais.

A festa já ocorre há alguns anos na comunidade e se consolidou como ação de integração social, lazer e valorização da infância em uma região que, historicamente, carece de grandes programações municipais.

Até aí, ponto positivo. Reconhecer projetos sociais da periferia é sempre bem-vindo — e necessário.

O que chama atenção é o contexto: Jeová assumiu a cadeira de forma interina, substituindo o vereador Isaac (Motorista). Em mandatos curtos como esse, parlamentares costumam priorizar fiscalizações, demandas urgentes ou pautas estruturantes.

O gesto, embora legítimo e alinhado à pauta social, levanta uma reflexão importante: ao ocupar o cargo por pouco tempo, qual deveria ser a prioridade?

A inclusão de um evento comunitário no calendário municipal é simbólica e positiva para a região, mas, para parte do eleitorado, pode soar como uma oportunidade perdida para apresentar propostas de impacto mais imediato — especialmente num período em que Santa Bárbara discute saúde, segurança, infraestrutura, mobilidade e orçamento público.

Em sua justificativa, Jeová afirmou que o reconhecimento oficial valoriza o trabalho comunitário e favorece a continuidade da festa nos próximos anos:

“A festa é resultado da união e do esforço coletivo de pessoas que acreditam no poder da comunidade e na importância de proporcionar momentos de alegria e inclusão para as famílias barbarenses.”

O projeto agora segue para análise das comissões permanentes antes de ser levado à votação em plenário.

Independentemente do resultado, a proposta abre espaço para um debate maior sobre o papel do vereador — titular ou suplente — e sobre como a política municipal pode equilibrar gestos simbólicos com medidas estruturantes capazes de transformar a vida do cidadão barbarense no dia a dia.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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