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SP-304: Alternativas existem, mas Tarcísio opta pelo pedágio

Imagem Ilustrativa Montagem: Dennis Moraes

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Investir em infraestrutura sem explorar o contribuinte é possível, mas Tarcísio não parece interessado.

 

Por Dennis Moraes

A recente declaração do governador Tarcísio de Freitas sobre a implementação de pedágios na SP-304 é um claro retrato da desconexão de sua gestão com as reais necessidades da população. Ao justificar a cobrança como única alternativa para investir R$ 16 bilhões nas rodovias da região, Tarcísio ignora as inúmeras possibilidades de melhorar a infraestrutura viária sem onerar ainda mais os cidadãos.

Quando o governador pergunta retoricamente se gostamos de pagar pedágio, sua afirmação soa vazia. Não se trata de uma questão de gosto, mas de justiça e eficiência. A SP-304 já enfrenta problemas estruturais sérios, como buracos, falta de sinalização adequada e manutenção precária. Taxar a população com mais uma cobrança é jogar sobre os ombros dos trabalhadores e motoristas um peso que deveria ser sustentado por uma gestão criativa e comprometida com o bem público.

A lógica apresentada por Tarcísio de que “pórticos de free flow” são mais justos por cobrar o quilômetro rodado não convence. O problema não está apenas no modelo de cobrança, mas na premissa de que a solução para todos os problemas de infraestrutura é transferir a conta para a população. É inadmissível que não sejam consideradas alternativas, como destinar verbas estaduais para obras prioritárias, promover parcerias público-privadas mais vantajosas ou redirecionar recursos de áreas não essenciais.

Dennis Moraes

Além disso, o discurso do governador desconsidera o impacto financeiro nos moradores das cidades servidas pela SP-304, muitos dos quais dependem dessa rodovia para trabalhar, estudar e acessar serviços básicos. O que ele chama de “justiça tarifária” é, na verdade, um modelo que penaliza diretamente quem não tem outra opção de transporte.

O governo estadual tem a obrigação de buscar soluções que não sejam apenas convenientes para os cofres públicos, mas justas para a população. Impor pedágios como única saída demonstra uma falta de vontade política em explorar caminhos inovadores para o desenvolvimento regional.

O governador deve explicações claras: por que não priorizar investimentos diretos na SP-304 utilizando recursos de impostos já pagos pela população? Por que não abrir um amplo debate com a sociedade antes de decidir por um modelo tão impopular?

A resposta para esses questionamentos é essencial. E não podemos deixar de perguntar: Onde está Ricardo Molina?

Dennis Moraes é Comendador outorgado pela Câmara Brasileira de Cultura, Jornalista, Feirante e Diretor de Jornalismo do SB24Horas. Acesse: dennismoraes.com.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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