18 de abril de 2024

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Síndrome do Impostor: o que é e como lidar

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Distúrbio leva pessoas bem-sucedidas a acreditarem serem incompetentes e que a qualquer momento serão “desmascaradas”

Insegurança em relação às próprias capacidades, medo de se candidatar a oportunidades, sensação de que as conquistas são fruto da sorte e a certeza de que se é uma fraude. Os sintomas são familiares? Junte-se ao clube da Síndrome do Impostor.

O medo de ser “descoberto” é constante na vida de quem sofre deste distúrbio. Mesmo sendo muito bem preparado e tendo uma carreira de sucesso, a pessoa tem a sensação diária de que a qualquer momento será “desmascarada”. Uma pesquisa demonstrou que uma média de 70% de profissionais que estão no mercado de trabalho já sofreram desses sintomas.

“É um distúrbio que pode afetar todo mundo, independentemente de gênero ou idade.

É comum a pessoa sentir que precisa se esforçar muito para conseguir atingir bons resultados e mesmo assim pode não ser suficiente quanto ao trabalho do colega. Esse perfeccionismo exacerbado causa intenso cansaço mental e pode desenvolver alguns incômodos físicos”, explica a psicóloga e hipnoterapeuta Karina Marcuci.

Ainda de acordo com ela, uma outra característica do distúrbio é a tendência da pessoa se comparar muito e achar que seu trabalho é sempre inferior ao dos outros. Dessa forma, sente-se angustiada e infeliz.

Por mais que a pessoa seja brilhante e tenha ótimas ideias, acredita que precisa evitar ao máximo ser avaliada ou criticada. Prefere ficar em silêncio e deixar que outras pessoas tenham voz.

“O indivíduo busca de todas as formas agradar as pessoas e obter a aprovação dos outros. Essa característica provoca no indivíduo estresse, ansiedade e receio de que não será aceito de alguma forma”, acrescenta Karina.

A Síndrome do Impostor, ressalta a psicóloga, é composta por crenças, e com os estímulos corretos podem ser reorganizadas. A pessoa pode abrir espaço para procurar ajuda de um profissional, pois essa condição traz uma série de problemas e pode se agravar seriamente ao longo da vida.

“Primeiramente, lembre-se de trabalhar sua inteligência emocional a fim de fortalecer sua autoestima e reduzir o máximo possível a inseguranças. A baixa autoestima combinada com a insegurança cria um ambiente fértil para a autodepreciação e a sensação de que não merece estar em determinado lugar”, destaca.

Como lidar com a Síndrome do Impostor

A primeira recomendação abrir espaço para tratar, “olhar para dentro”. Um psicólogo, pode acompanhá-lo nessa jornada, o paciente será auxiliado a encontrar seu valor, reconhecer suas capacidades e assim valorar suas conquistas. Em paralelo, quem sofre deste distúrbio também precisa incluir alguns hábitos no cotidiano.

• Praticar o autoconhecimento e se priorizar, dessa forma não estabelece metas irrealistas e cobra coisas impossíveis de si mesmo.

• Compreender seus defeitos e assumi-los, assim pode corrigir o que for necessário com calma.

• Analise os próprios pensamentos, de onde vieram, se são válidos, como começou a pensar em determinadas coisas.

• Tenha alguém de confiança que possa ajudar a revisar trabalhos de forma crítica, sincera e construtiva. Assim, não precisa ficar receoso de ser inferiorizado e ainda aperfeiçoa seu próprio trabalho.

• Falando em trabalhos, procure voltar aos que tiveram sucesso e reveja que é capaz sim de produzir grandes feitos.

• Por fim, pode também optar pela hipnoterapia, uma técnica mais direta e profunda, que investiga as causas que levam o paciente a desenvolver a Síndrome do Impostor. É um método que irá trabalhar diretamente com a crença do paciente se ser insuficiente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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