10 de maio de 2024

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Sem acordo na negociação da campanha salarial, trabalhadores da Klabin fazem paralisação

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Trabalhadores do turno da manhã da unidade da Klabin de Piracicaba, realizaram paralisação de advertência nesta manhã de segunda-feira, 25 de outubro, em resposta à falta de um acordo na negociação da campanha salarial da categoria. A paralisação, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), atrasou em mais de uma hora e meia a entrada dos trabalhadores na empresa, que fizeram adesão massiva ao movimento, que tomou a frente da empresa, na avenida Cristóvão Colombo, próximo à SP-304.

O manifesto, que contou com o apoio de diversos sindicatos de trabalhadores no Estado de São Paulo, de acordo com o presidente do Sintipel, Emerson Cavalheiro, é uma resposta à última contraproposta de acordo apresentado pelo sindicato do setor patronal, que sequer repõe a inflação dos últimos 12 meses, que, de acordo com o INPC, é de 10,78%. “Os empresários estão propondo apenas 9% de reajuste, e ainda dividido o pagamento em três vezes. Diante disso, decidimos realizar uma paralisação de advertência, que também foi realizada em outras cidades”, conta.

Os trabalhadores das indústrias do papel, papelão e artefatos de papel têm data-base em primeiro de outubro e somam cerca de 1.500 na base do sindicato local. Na próxima quinta-feira, 28 de outubro, tem uma nova rodada de negociação, sendo às 10 horas com o empresariado do setor de papel e celulose, enquanto que para as 14 horas está marcada com o do setor de papelão ondulado.

Os trabalhadores reivindicam a reposição integral da inflação, mais 3% de aumento real, além de piso salarial de R$ 2.100,00, abono indenizatório de R$ 2.700,00, cesta de alimentos de R$ 626,00,  assim como manutenção dos postos de trabalho e combate ao assédio moral, sexual e a qualquer forma de discriminação racial, étnico e de gênero.

Na terceira rodada de negociação, os empresários do setor de papel e celulose e de papelão foi  proposto  apenas 9% de reajuste salarial, e ainda divididos em três parcelas, sendo 5% agora; 1,91% em janeiro do próximo ano e mais 1,87% em março.  O setor de papelão propôs abono de R$ 2.100,00, mas também divididos em 3 vezes, com pagamentos em janeiro, março e maio do próximo ano, enquanto que os empresários do setor de papel também propuseram o mesmo valor de abono, só que com pagamentos em dezembro, fevereiro e abril. Na contraproposta já rejeitada, o setor de papel e celulose propôs R$ 317,00 de cesta de alimentos, enquanto que o de papelão ondulado no valor R$ 283,40.

Diante desta total falta de sensibilidade, o presidente do Sintipel diz que “o único caminho que os trabalhadores tem é de fortalecer ainda mais a mobilização e  pressionar para que seja apresentada uma proposta digna, que valorize a dedicação e empenho de cada um de nós, que mesmo em plena pandemia do coronavírus, que inclusive matou companheiros de trabalho, manteve a produtividade em alta, garantindo excelente desempenho dos setores de papel, papelão e artefatos de papel. Certamente, se a proposta não for melhorada, as paralisações vão se intensificar e uma greve não está descartada”, avisa.

Texto de Vanderlei Zampaulo

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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