26 de abril de 2024

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Romi-Isetta 65 anos

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Muito à frente de seu tempo, o Romi-Isetta completa 65 anos dia 05 de setembro

 

O Romi-Isetta, há 65 anos, foi o primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil. De características revolucionárias, compacto e super-econômico, o pequeno fazia 25Km com 1 litro de gasolina. Pela primeira vez, via-se circular pelas ruas um carro que não era montado com componentes importados, mas sim, um automóvel realmente fabricado no Brasil.

 

Para celebrar os 65 anos do pequeno pioneiro, o Centro de Documentação Histórica – CEDOC da Fundação Romi inaugurou, na última segunda-feira, 30 de agosto, a exposição Romi-Isetta 65 anos. Concebida no formato de exposição a céu aberto, quem passar pela Avenida João Ometto poderá conferir a mostra composta por 10 painéis em comemoração ao aniversário do primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil, que foi produzido pela Indústrias Romi de Santa Bárbara d’Oeste, lançado em 5 de setembro de 1956.

 

Pela primeira vez o CEDOC da Fundação Romi apresenta ao público os desenhos técnicos que possibilitaram a fabricação dos carros datados da década de 1950 sendo muitos no idioma italiano. “Cada painel conta com uma fotografia de época combinada a um desenho técnico”, explica a coordenadora do Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi Sandra Edilene de Souza Barboza. “Em um dos expositivos, a fotografia da linha de montagem do Romi-Isetta está composta por desenho técnico do circuito elétrico do painel de comando, iluminação e distribuição do motor, por exemplo”, complementa.

 

Outra ação comemorativa aos 65 anos do Romi-Isetta será a matéria especial feita pelo programa Mais Caminhos, da EPTV Campinas. As gravações foram realizadas no prédio do CEDOC da Fundação Romi com as participações do superintendente Vainer Penatti e a coordenadora do CEDOC Sandra Edilene de Souza Barboza. As captações de imagem e entrevistas aconteceram no dia 19 de agosto, quando estiveram presentes o apresentador Pedro Leonardo e a equipe de produção.

 

Durante a gravação, Pedro Leonardo conheceu um pouco da história do Romi-Isetta, além de suas curiosidades, que foram compartilhadas pelo superintendente Vainer Penatti. “ A história começa quando nos anos de 1950 Carlos Chiti, o idealizador do projeto Romi-Isetta, conhece na Itália um carro que chamava a atenção do público e da imprensa mundial, o Iso Isetta, e percebeu que aquele conceito poderia representar uma revolução no mercado brasileiro de automóveis. Até aquele momento, os automóveis vendidos no Brasil eram importados já prontos ou apenas montados nas operações das multinacionais, num sistema chamado CKD (Complete Knock-Down), ou seja, carros completamente desmontados, cujas peças eram produzidas fora do país e enviadas para serem montadas pelas multinacionais”, conta Vainer Penatti.

“ No dia 30 de junho de 1956, um ano após a assinatura do contrato de direito de licença e aos royalties com a Iso, o primeiro exemplar do Romi-Isetta foi exibido nas instalações da Máquinas Agrícolas Romi, em Santa Bárbara d’Oeste. O lançamento oficial do Romi-Isetta ocorreu em 5 de setembro de 1956, com a realização de uma caravana com os primeiros 16 carros produzidos no Brasil que partiram da Rua Marquês de Itu, 133, no centro de São Paulo e passearam pela capital paulista. O Romi-Isetta teve sua produção planejada para até o início de 1961, com a formação de estoques suficientes para comercialização do modelo até o fim daquele ano”, complementa o superintendente.

Também, foi apresentado uma pequena fração do acervo do Romi-Isetta que é guardado e preservado pelo CEDOC da Fundação Romi. Pedro Leonardo viu catálogos, fotos e documentos que são responsáveis por ilustrar a história do pequeno pioneiro. “Nosso Centro de Documentação Histórica preserva e guarda um rico material do Romi-Isetta com fotografias, catálogos, desenhos técnicos. São milhares de documentos que mantém viva a memória do pequeno pioneiro”, enfatiza Sandra.   O programa será exibido no próximo sábado, dia 04 de setembro, a partir das 14h40, pela EPTV Campinas.

 

O acervo do Romi-Isetta é parte da guarda permanente da Fundação Romi, sob a tutela do Centro de Documentação Histórica, que detêm o mais relevante patrimônio do automóvel. São rafes, textos, imagens e publicações, documentadas e catalogadas, com boa parte delas disponíveis para consulta pública e gratuita, que retratam, em detalhes, a trajetória do carro criado pela Indústrias Romi com uma inovadora proposta de mobilidade urbana e eficiência energética.  “No acervo fotográfico, por exemplo, há imagens do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Brasília, além de personalidades como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Odete Lara, Anselmo Duarte, Eva Wilma, entre outros nomes da história brasileira”, finaliza a coordenadora do Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi Sandra Edilene de Souza Barboza.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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