29 de março de 2024

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RMC registra aumento de 5,22% nas vendas em setembro, mas ainda 10,5% abaixo dos índices de 2019

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Os setores de Material de Construção e de Móveis e Lojas de Departamentos foram os que apresentaram maior positividade no período, atingindo índices de 38,1% e 3,3%, respectivamente. A inadimplência teve redução de 27,13% na comparação entre setembro e agosto deste ano. O e-commerce continua impulsionando o mercado, apresentando expansão de 64%, em setembro de 2020

Os dados da Boa Vista SCPC de agosto de 2020 indicam que o comércio da Região Metropolitana de Campinas apresentou uma elevação no volume de vendas de 5,22% quando comparado com agosto de 2020, o que demonstra que vem se recuperando bem após o impacto negativo em abril. No entanto, o faturamento de setembro de 2020 ainda foi 10,5% menor quando comparado ao mesmo mês de 2019. A inadimplência apresentou uma redução de 27,13% na comparação entre setembro e agosto de 2020. As vendas da Semana da Pátria foram menores do que as do ano passado.

      

Vendas de setembro na RMC
Divulgação / Acic
Vendas de setembro em Campinas
Divulgação / Acic

Na análise feita pela Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), no acumulado de janeiro a setembro de 2020 as vendas no comércio da RMC já somam perdas de R$ 4,34 bilhões, que representam um índice 17,98% menor em relação ao mesmo período de 2019. Considerando apenas Campinas, as perdas são de R$ 1,797 bilhão, também apresentando um percentual negativo de 17,98% em relação ao ano anterior.

Nas vendas físicas em Campinas, o faturamento de setembro foi de R$ 1,11 milhão, o que equivale a 89,5% das receitas obtidas no mesmo mês de 2019. Esse é o mesmo percentual registrado na RMC, onde o faturamento atingiu R$ 2,564 milhões. Na categoria de Bens Não Duráveis, apenas as vendas nos supermercados e hipermercados evoluíram 20,4%.

        

Drogarias e farmácias, que vinham com faturamento positivo, tiveram as vendas reduzidas em 1,3% e os postos de combustíveis sofreram uma redução de 16,6%, apenas em setembro. Os setores de Material de Construção (38,1%) e de Móveis e Lojas de Departamentos (3,3%) puxaram o crescimento das vendas na categoria de Bens Duráveis, enquanto o Vestuário acumulou perdas de 16% no mês.

A categoria de Serviços foi o que mais sofreu: as vendas foram drasticamente reduzidas em 54,4% nos setores de Turismo/Transportes e em 34,6% em Bares e Restaurantes. Apenas o setor de Autopeças / Automotivos teve uma leve expansão de 2,50%.

E-commerce

As vendas digitais continuam impulsionando o mercado. Associado ao delivery, o e-commerce expandiu em 64,1%, elevando o faturamento de R$ 121,8 milhões em 2019 para R$ 199,9 milhões em setembro de 2020. “A maior flexibilização para as atividades do comércio e de serviços em Campinas e região, agora na Fase Verde do Plano SP, deve contribuir para melhorar esses números. No entanto, para zerar as perdas acumuladas até aqui, o comércio terá que movimentar nestes próximos três meses (outubro, novembro e dezembro) cerca de R$ 8,7 bilhões. Em 2019, no último trimestre foram faturados cerca de R$ 7 bilhões. No entanto, acredito que a recuperação só virá em 2021, com a esperada vacina contra a Covid-19”, diz Laerte Martins.

Dia das Crianças

As vendas do “Dia das Crianças” de 2020 sofreram redução de 2,58% na RMC, quando comparadas aos resultados obtidos na data em 2019. O comércio faturou R$ 416,9 milhões em 2020, contra R$ 428 milhões em 2019. Em Campinas a redução foi de 2,56%, com faturamento de R$ 215 milhões em 2019, contra R$ 209,5 milhões em 2020.

Não houve contratação de mão de obra temporária para este ano, diferente de 2019 quando foram abertas 1.265 vagas em Campinas e 2.350 na RMC. O valor do presente médio, no entanto, cresceu 2,04% em função do efeito inflacionário que provocou a elevação dos preços dos brinquedos, além do impacto da valorização do dólar nos custos dos presentes importados (cotação de R$ 5,49 por US$ 1,00). Os brinquedos mais procurados foram bicicletas, eletroeletrônicos, skates, celulares, bonecas Barbie, jogos educativos, além de vestuário.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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