19 de abril de 2024

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RMC registra alta de 132% nos casos de covid-19

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Além do aumento de novas infecções, região também notifica crescimento de 33% nas mortes causadas pela doença

O aumento de casos de coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi de 132,5% na 49ª Semana Epidemiológica, correspondente ao período de 29/11 a 05/12. Foram notificadas 4,8 mil novas infecções nesse intervalo. Em relação aos óbitos, que acometeram 56 indivíduos, o crescimento foi de 33,3%, de acordo com a nota técnica do Observatório PUC-Campinas.

A evolução da pandemia, cuja tendência já havia sido apontada nos boletins anteriores, também ocorreu no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas), que exibiu taxas de casos e mortes superiores em 110% e 47%, respectivamente, comparando-se à semana passada. No município de Campinas, que contabilizou 1.560 contaminações e 24 óbitos, as altas foram de 98,9% e 41.17%.

Com os resultados, o DRS-Campinas encerrou a 49ª Semana Epidemiológica com 133,6 mil casos e 3,8 mil mortes. A RMC registrou, até 05/12, 98,5 mil infecções e 2,9 mil óbitos. Campinas, por sua vez, havia contabilizado 38,2 mil contaminações, com 1.396 vítimas fatais. As estatísticas atualizadas estão disponíveis no painel interativo do Observatório PUC-Campinas pelo endereço https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/.

Infectologista do Hospital PUC-Campinas, o Dr. André Giglio Bueno afirma que as curvas indicam de forma clara o aumento da incidência de novos casos na região, sobretudo pelo crescimento de 22% nas internações por covid-19 nos hospitais que compõem o DRS-Campinas. Desta forma, o especialista entende que a circulação do vírus é intensa, tornando-se necessárias medidas de contenção. “Seria essencial que houvesse ações mais contundentes dos órgãos governamentais no sentido de ressaltar a importância das medidas comprovadamente eficazes para evitar as contaminações”, destaca.

Com a regressão para a fase amarela do Plano São Paulo, que restringe de 30% a 40% os horários e a capacidade para o funcionamento de estabelecimentos, a situação econômica, ainda afetada pela primeira onda da pandemia, se torna mais crítica. Segundo o economista Paulo Oliveira, que coordena as análises relativas à covid-19 pelo Observatório PUC-Campinas, os dados do PIB divulgados há poucos dias ilustram esse cenário, com crescimento frustrante de 7,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo.

Além disso, o economista avalia que o contexto de recuperação econômica será prejudicado em caso de redução ou extinção do Auxílio Emergencial. “A média do benefício por domicílio, que era de R$ 901,00, agora mostra os efeitos da diminuição promovida pelo governo federal, com a média caindo para R$ 688,00. Esse efeito certamente vai ser sentido pelo comércio da região e no resultado das vendas de final de ano. Regiões mais pobres devem verificar quedas mais abrupta das vendas”, analisa Oliveira.

Da PUC-Campinas

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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