27 de abril de 2024

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Reino Unido: tecnologia pode acabar de vez com buracos no asfalto

(crédito: divulgação istock)

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Projeto ainda precisa de mais anos para ser desenvolvido, mas já se mostra promissor

Que a tecnologia tem avançado cada vez mais em passos largos, todo mundo sabe. E isso acontece nos mais diferentes segmentos da humanidade: lazer, educação e saúde são alguns exemplos. Mas um projeto bem diferente está chamando a atenção por ser algo ousado e, ao mesmo tempo, esperançoso para muita gente.

 

A Universidade de Surrey, na Inglaterra, estuda uma forma de melhorar a qualidade das estradas do Reino Unido. E eles já têm o caminho para isso: desenvolver bombas subterrâneas de calor supereficientes e microcápsulas de mudança de fase. Muito difícil? Só que o objetivo é bem simples: impedir o desenvolvimento de buracos.

 

Benyi Cao, o líder do estudo, disse que existem três elementos para que um buraco seja formado. O primeiro, inevitável, é a expansão da estrada com o passar dos veículos nas ruas. Em seguida vem a água, e o terceiro é um ciclo de congelamento/descongelamento.

 

O último em questão acontece da seguinte maneira. O Reino Unido tem um inverno rigoroso, com temperaturas de -10°C. A água congela e se expande, abrindo rachaduras. Depois vem a primavera, o calor vem, a água descongela e se contrai. Este processo acaba enfraquecendo a “cola da superfície da estrada”.

 

Então a solução imaginada foi aquecer o solo. E como fazer isso? Criar um coletor para armazenar o calor do verão que seria liberado só quando o inverno chegasse. Para isso, é necessário um circuito de tubos de plásticos finos, rodeados de microcápsulas e ligados a uma bomba de calor.

 

Isso pode ser encaixado ao lado ou abaixo do asfalto. Ainda segundo Benyi, com isso, o principal objetivo pode ser atingido, que é manter a temperatura acima de 0°C e evitar o congelamento da pista.

 

Para dar andamento, o projeto é dividido em três fases. O primeiro é criar as microcápsulas de fase para conseguir fazer o encaixe. Em seguida, será necessário fazer uma simulação no computador, criando uma estrada de três metros para entender quais os efeitos e o desempenho no decorrer de determinado prazo.

 

Por último é que vem a fase de testes no mundo real, junto da Agência de Transportes. Essa fase é fundamental, porque estará em observação por cerca de um ano e meio para saber se o desempenho foi ou não satisfatório.

 

Se isso realmente der certo, pode ser um grande avanço para evitar os buracos nas estradas não só do Reino Unido, mas também do mundo inteiro. Isso pode gerar uma segurança ainda maior para os motoristas que passarem nas estradas com veículos seminovos, novos e usados.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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