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Reciclagem: como garrafas PET se tornam tecido

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Veja como a moda reaproveita as garrafas PET na produção de roupas

O reaproveitamento de materiais utilizados não só protege a natureza e evita maior produção de lixo como também representa economia por parte de fábricas e empresas. O papel reciclado já é algo comum no nosso dia a dia, por exemplo, portanto, formas de ampliar a reciclagem a outras matérias-primas, como o plástico, são não só possíveis, como fundamentais para a saúde do planeta.

Atualmente, uma das principais formas de reaproveitamento de plástico é por meio do tecido ecológico, ou seja, daquele produzido com materiais alternativos, que diminuem o impacto de carbono na atmosfera. Uma dessas matérias-primas é a garrafa PET. Acredita-se que 1 milhão dessas garrafas são vendidas por minuto no mundo inteiro. No entanto, no Brasil, pouco mais de 50% são recicladas.

Entenda como as garrafas PET se transformam em tecido e a importância dessa reciclagem para a moda, a economia e, claro, o planeta.

O que é tecido ecológico?

É um processo de reaproveitamento em que as garrafas PET se transformam em tecido de poliéster, que futuramente será um tecido com fibras de algodão. A composição do produto, aliás, será 50% de algodão e 50% de poliéster.

Altamente resistente, atóxico e difícil de amassar, o poliéster é um dos tecidos mais utilizados por marcas de roupas. Com o avanço da tecnologia, o uso de garrafas PET nessa composição tem se tornado cada vez mais comum. Veja como ele ocorre.

Limpeza

O primeiro processo é coletar uma boa quantidade de garrafas PET para que haja material o suficiente para o produto final: o tecido. Essas garrafas, então, serão lavadas, moídas e secas até se tornarem um material chamado flake — diversos pedaços bem triturados que lembram flocos.

Fusão

Depois da limpeza, o flake é fundido a 300°C para eliminar resíduos sólidos, como pedras e metais. É também um processo que facilita a moldagem do material para diferentes formatos. Depois, o plástico passa pelo resfriamento em água para, em seguida, ir para a granulagem, onde vai se transformar, como o nome indica, em pequenos grânulos.

Filamentos

O processo, claro, não para por aí. O material é novamente aquecido até se tornar uma pasta, que vai passar por uma bomba com microfuros responsáveis por separá-la em longas fibras.

Os filamentos seguem para o armazenamento em tambores. Depois, são secos e embalados em fardos. A partir daí, já estão prontos para o uso em roupas, tapetes, almofadas e muito mais.

Por que é tão importante reciclar garrafas PET?

Como visto, a venda de garrafas PET no mundo alcança números exorbitantes; a produção de lixo plástico, também. Para a reciclagem, é difícil manter o equilíbrio: a demanda é maior do que a possibilidade de alcançá-la.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11 milhões de toneladas por ano. Desses resíduos, apenas 145.043 toneladas de lixo plástico são recicladas.

As taxas ficam atrás apenas de EUA, Índia e China — apenas os dois últimos concentram quase 3 bilhões de pessoas no planeta. Se levarmos em consideração a proporção de lixo plástico por pessoa, o choque pode ser ainda maior.

Alta durabilidade

O plástico é um material muito resistente: acredita-se que ele demore mais de 400 anos para se decompor. No entanto, essa conclusão é incerta; pode ser que o material demore ainda mais tempo.

A reciclagem evita que esses resíduos sejam descartados de maneira incorreta e causem problemas ambientais. Além disso, proporciona novos produtos com o mesmo grau de durabilidade.

O tecido ecológico tem alta durabilidade, menor custo para os produtores, é atóxico, causa um impacto ambiental consideravelmente menor e é versátil — pode ser empregado em roupas, almofadas, toalhas, roupas de cama e travesseiros, por exemplo. Para roupas esportivas, o plástico é indispensável: ele atua na resistência da roupa e na absorção do suor.

 

 

 

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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