Por Cássio Faeddo
EUA, Canadá e Reino Unido anunciaram sanções aos líderes do golpe militar em Mianmar. Por enquanto ficará assim. Porém, não se tratará de uma limitação de ações , mas um aviso.
Golpes militares conduzem países a se tornarem palco para medição de forças de grandes potências. O prejudicado, obviamente, é o povo.
Quando grandes países lançam mão de embargos econômicos, especialmente, populações inteiras passam fome.
Isso acontece em Cuba, Venezuela e Irã atualmente, apenas para citarmos alguns exemplos.
O Irã, nesse exato momento, aguarda inspeção da ONU para verificação de suas instalações para produção de energia nuclear, e anseiam pela suspensão de embargos.
Não há qualquer viabilidade de intervenção militar que conduza um país a prosperidade.
Apoiar intervenção das Forças Armadas com o rompimento da Lei não é só uma ignorância política, mas um ato de insanidade, pois um país que se deixa levar por quarteladas torna-se um pária nas relações com as demais democracias liberais.
E como citamos acima, se um país quer virar palco de luta geopolítica entre EUA, China, Rússia, União Europeia, não há melhor caminho do que romper a ordem constitucional.
Desta forma, se um país deseja caos, confusão generalizada, aí está a receita.
Para tornar-se uma Venezuela, Mianmar ou qualquer outra república de bananas, não há melhor caminho do que um golpe militar.
Cássio Faeddo. Advogado. Mestre em Direitos Fundamentais. MBA Relações Internacionais – FGV/SP