26 de abril de 2024

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Quando as crianças devem comer sólidos e como devem se alimentar

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Carne, cereais, legumes e frutas devem fazer parte da dieta dos bebês a partir dos 6 meses

 

 

O leite materno é completo e indispensável até o segundo ano de idade. Ele previne uma série de doenças, alergias, fortalece a formação dos dentes, desenvolve a inteligência e muito mais. No entanto, a partir do sexto mês, é recomendada a introdução de alimentos sólidos concomitante ao aleitamento.

 

Muitas dúvidas podem surgir nesse momento, principalmente sobre quais grupos alimentares entram na nova fase e como adaptar a culinária para crianças. Veja essas dicas.

 

Por onde começar?

 

Para facilitar o início desse processo, a comida pode ser apresentada em forma de papinha. Deste modo, o bebê se acostuma aos poucos às novas texturas em sua boca.

 

Carnes — incluindo peixe —, leite, ovos, cereais, folhas, legumes, tubérculos e frutas devem estar na lista de dieta dos pequenos. A ingestão de açúcar e industrializados fica fora dessa lista, pois existe alto risco de doenças relacionadas à obesidade, como hipertensão, diabetes e colesterol alto para o futuro do pequeno.

 

Hábitos alimentares ruins podem trazer consequências que vão até a vida adulta. Isso porque nos dois primeiros anos acontece o desenvolvimento cerebral e cognitivo. É nessa fase também que o bebê começa a criar noção de tempo e espaço. Oferecer, portanto, alimentos com baixo valor nutricional pode prejudicar o aprendizado na vida escolar, na adolescência e também na fase adulta.

 

A nutricionista Caroline Ayres ressalta a importância de incentivar uma boa dieta, rica e diversa em nutrientes. “A janela para a habituação aos sabores é estreita, começando a fechar-se pelos dois anos de idade e encerrando aos três. Uma criança com um portfólio alimentar reduzido tende a manter essa monotonia até à adolescência, consumindo geralmente uma dieta rica em calorias, mas pobre em nutrientes”, afirma a profissional.

 

Como fazer a criança comer bem?

 

É fundamental ter o exemplo em casa, por isso, os pais precisam incluir seus filhos nas rotinas de compras nos supermercados, feiras e, principalmente, no preparo das refeições.

 

Existem livros dedicados à culinária para crianças e que facilitam, e muito, a vida da família. É o caso do “Socorro! Meu filho come mal: Receitas para pais e filhos”, da nutricionista e apresentadora Gabriela Kapim, que possui programa no canal GNT.

 

Uns dos pilares que Kapim sustenta em suas orientações é de que o prato, para ser completo em nutrientes, precisa ter pelo menos cinco cores. O desafio pode parecer grande, mas a especialista ensina em seu livro que é possível.

 

Preparar uma refeição e montar um prato pode ser divertido para toda a família. Optar por alimentos coloridos e variar em cortes e apresentações vão estimular a criatividade e deixar a comida muito mais interessante e rica em nutrientes, pela variedade de grupos alimentares.

 

Outra dica é envolver o restante da família e outras pessoas do convívio da criança. É importante que todos saibam o que oferecer ou não, para que o plano da educação alimentar não vá por água abaixo. Se for apresentado doces e frituras, antes dos dois anos, é possível que ela comece a pedir por esses alimentos e rejeitar outros, pois eles são extremamente palatáveis e viciantes, mas não possuem valor nutricional significativo.

 

Bronca não!

 

Se seu filho não quiser brócolis de jeito algum, não tem problema. O melhor caminho é oferecer após uns dias, com uma outra apresentação e uma nova receita. Jamais mostre irritação nessa hora.

 

Peça a ajuda do pequeno para montar a mesa e transforme esse momento em uma atividade lúdica. Ele pode criar formatos engraçados, carinhas e brincar com os formatos do legume que não quis comer anteriormente.

 

Esse contato com o alimento facilita na hora em que ele for provar novamente. Além disso, ele se sentirá mais motivado a comer algo que foi preparado por ele mesmo.

 

O segredo é não desistir e nunca tornar o momento da refeição em algo negativo. Afinal, é quando a família se reúne para aproveitar uma atividade gostosa e prazerosa que é comer.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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